segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Pronta pro outro!


Faz tempo que eu não passo por aqui. Tanta coisa acontecendo, mas a falta de tempo tem tirado toda a minha inspiração. Bom, como hoje estou completando 9 meses de EUA, e por ter passado meu primeiro Natal longe de casa e ainda por cima por estar na última semana do ano, é claro que eu tinha que vir aqui escrever.

Que sensação estranha é passar o Natal longe da familia da gente. Nunca pensei que seria tão dificil. Dia 24 às 4h da tarde eu já estava com nó na garganta. Sabia que uma tempestade de lágrimas iria desabar a qualquer momento. Não por tristeza, ao contrário, eu tive um bom momento aqui, mas por um vazio, que só quem está longe de mãe e das pessoas que ama sabe do que estou falando.

Chorei muito na véspera de Natal, mas tive um dia muito bom. Não só aqui com minha hostfamily que me fez sentir em minha própria familia, mas também com as meninas brasucas, que decidiram fazer uma ceia de Natal. Santa ceia, salvou os corações deprimidos de nós au pairs abandonadas. Uma comidinha brasileira tão gostosa, uma companhia tão agradável, muita bebida, enfim, foi muito bom. É engraçado perceber a diferença de cultura. Eles aqui não comemoram a véspera. Vão dormir cedo, pois o mais importante é a manhã de Natal, quando são abertos os presentes. Uma árvore de Natal linda com mais de 20 presentes, isso para ser dividido entre minhas 3 crianças. Sim, a tradição aqui é dar o que eles pedem na lista mesmo.É bonito de ver, mas confesso que me dói o coração ver o Natal tão materializado desta forma. Enfim, é apenas uma nova cultura.

Agora, falando destes 9 meses e por que não dizer de 2010, eu posso dizer: fui feliz pra caralho. Odeio palavrão, mas tem horas que só ele expressa um sentimento. Que ano bom, maluco e surpreendente. Há um ano atrás, jamais poderia prever tudo que viveria aqui. Gente, esta tem sido a experiência mais angustiante e mágica da minha vida. Angustiante porque os dias são pesados, nem só de viagens, perfumes e chocolates vivem as au pairs. Ao contrário, a gente rala pra caramba pra conseguir mostrar um sorriso no final de semana. E quando falo em mágico, eu falo da maravilha da descoberta. Eu me descobri outra pessoa. Vivi momentos inesquecíveis, como o final de semana passado, por exemplo, em que eu realizei meu sonho de estar no Rockfeller em NY em plena semana do Natal. E, o melhor, acompanhada de alguém que é muito especial pra mim. NY, Miami, Las Vegas, Niagaras Fall, New Jersey, Califórnia, meu Deus, este foi o ano das viagens e que viagens. Me diverti, me soltei, me joguei e fui e sou muito feliz por tudo que aconteceu.

Sou muito grata a Deus pela oportunidade que ele me deu. Vim pra cá aprender inglês e cheguei à conclusão que aprender a lingua é apenas uma consequência. O que a gente aprende como ser humano é muito mais valioso. Só que o inglês é importante sim, assim como os meus objetivos. É por isso que decidi amigos, não volto pro Brasil em abril não. Vou ficar mais um tempo por aqui, que pode ser 4 ou 6 meses, tudo vai depender de como será o próximo ano. Mas, se posso me dar o direito de prever o futuro, digo com toda a minha fé, 2011 vai ser ainda melhor. Vai ser um ano em que vou estudar mais, em que vou me dedicar mais a Bruna e, o melhor, vai ser o ano da minha volta, e isso vai ser maravilhoso.

Foi bom demais 2010. Conheci gente do mundo inteiro e muita gente se tornou tão especial pra mim que eu nem sei explicar. Tenho amigos que vão estar no meu caminho pra sempre. Tem aqueles que vão estar só no coração, na memória, na lembrança. Enfim, todos, sem excessão, contribuíram para este ano maravilhoso e eu só posso agradecer. Claro, agradeço também aos amigos do Brasil, que tiveram paciência com minha homesick, que se mantiveram presentes mesmo a quilômetros de distância. Vocês são especiais demais e só me fazem ter certeza que o Brasil é sim o meu lugar.

Nossa, como escrevi. É mais um livro que um post, é a tradução do que eu estou sentindo. Vai 2010, vai com tudo, pois eu já estou pronta pro outro. Pro outro ano que vai trazer fé, esperança, amor, saúde e muito sucesso pra mim e para as pessoas que eu tanto amo!

Bjos e Boas Festas pra todo mundo. Ps: sim, na virada do ano eu vou realizar mais um sonho. Estarei em NY...Isso já é um sinal que 2011 promete!!!!

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Bora agradecer!


Nossa, hoje escrevendo aqui eu senti até um aperto no peito. Quanto tempo não paro pra escrever sobre mim e sobre tudo que estou vivendo.

É amigos, me sinto em stand by. Não consigo muito raciocinar sobre tudo que está acontecendo, ando me sentindo um pouco perdida. O que me ajuda é minha fé, que como sempre é inabalável. Ela me guia e sempre me mostra qual caminho seguir.

Como estava em um momento de decisão (voltar para o Brasil ou extender o programa), eu me fechei em meu próprio mundo de Poliana. Não sei se tomei a decisão correta, mas eu já sei o que farei. Não vou postar aqui ainda, pois quero que minha mãe saiba antes de todo mundo, mas posso dizer que me sinto segura e sei que esta escolha foi a mais correta, pelo menos neste momento.

Mas quero falar hoje de coisas boas, e o Thanksgiving é um ótimo começo. Esta data que para os americanos é super importante, pra mim foi um momento de reflexão. Como é bom ter familia, né. Me vi rodeada de tanta gente, de tanta comida (olha meu prato na foto), de tanto estado de graça, pois esta data propõe que a gente agradeça por tudo que temos e vivemos. Enfim, mesmo diante de tudo isso, eu me senti muito só. Senti falta da minha familia, que é bem pequena por sinal, mas que me faz uma falta danada. Minha mãe, minha irmã e meus sobrinhos. Somos apenas 6, mas valemos por 1000. Por isso, eu agradeço a Deus por me dar a honra de fazer parte da minha pequena e linda familia. Ter uma mãe como a minha significa que antes de vir à terra, Deus me abençoou e muito. Então, eu só tenho que dizer obrigada Deus e obrigada vida.

E por falar em agradecer, completei oito meses aqui no dia 28. São tantas coisas boas que me aconteceram, que eu ficaria aqui o ano todo agradecendo. Mas, para resumir, eu digo: obrigada vida por me ensinar, me levantar quando eu caio, me sacudir quando eu estou parada e por respeitar este meu momento de instrospecção, que não significa infelicidade, mas sim um tempo para mim e para os meus sentimentos.
Muita coisa aconteceu e anda acontecendo comigo, mas eu sei que tudo tem um porque. Minha força vai vir a partir de tudo que estou vivendo.

Pra fechar meu post de hoje, quero dizer que estou morrendo de saudades de todos os meus amigos queridos do Brasil. Obrigada aos que direta ou indiretamente tornaram o aniversário da minha mãe mais feliz. Amo vocês.
Bjos e até a próxima!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A Bruna vai bem!


É, eu sei, ando meio sumida. Há um bom tempo não venho aqui falar do que anda acontecendo em minha louca e amada vida. Entrei em recesso, sim, recesso. Tirei um tempo pra mim, sabe. Estava discutindo com meus botões internos sobre tudo que aconteceu no último mês. Não foi fácil mudar, jogar tudo pro alto e começar novamente. Sair de Nova York foi uma ruptura muito forte na minha vida, mas eu não tinha percebido isso.

Deixei pra trás uma família que me deixava infeliz, mas deixei também amigos maravilhosos, a cidade que eu mais amo na vida (NYC), a Nia (minha little girl) e uma pseudo paixão. Percebi todas as perdas quando cheguei aqui e aí o baque foi grande. Por isso me ausentei, nem sabia ao certo se tinha feito a escolha correta. Porém, após um mês aqui em Annapolis, eu posso dizer: SIMMMMMMMMMMMMM

Sim, não foi fácil, mas Deus sempre me ajuda. Ele coloca suas bençãos sobre mim aonde quer que eu vá. Hoje, já me sinto adaptada. Já sei ir sem GPS em muitos lugares, encontrei poucos, mas queridissimos amigos, me dou super bem com minha host family e estou aprendendo a lidar com a frieza das crianças, em excessão à Piper, que é um doce e já considero meu sol de cada manhã.

To me sentindo bem aqui. Ainda um pouco perdida. Não sei o que quero, o que fazer pra aproveitar melhor meu tempo, mas estou tentando. Muita coisa dentro de mim mudou com o rematch. Escolhas, gostos, caminhos, sentimentos.

E por falar em sentimentos, em Nova York eu tinha um amigo que estava sempre ali, o Chris, eu já jalei dele. A gente ficava às vezes, confesso, mas eu nunca me envolvi. Em quase quatro meses que passei junto com ele, eu nunca me dei conta do quanto a companhia dele me fazia bem e do quanto ele era importante. Bastou esta mudança pra ficha cair. Ferrou tudo, aquele amigo se tornou alguém mais que especial. E o pior, ou melhor, a ficha caiu pra ele também.

Hoje, estamos há quilômetros de distância e não conseguimos parar de nos falar. Todos os dias, uma hora no telefone e uma esperança de quando nos veremos novamente. Enfim, não dá pra fazer planos. Passou, já foi. Não vivi intensamente quando estava lá em NYC e, agora, chega cada vez mais perto a hora de voltar ao Brasil.

Voltar ao Brasil. Esse também tem sido um motivo para o meu silêncio e ausência. Estou para me decidir sobre quando voltar e, juro, não sei o que fazer. Sinto saudades da minha mãe e dos meus amigos, mas confesso que é só. Não consigo sentir saudades do meu País e isso é triste. Sinto saudades da minha profissão, carreira, sim, não nasci pra cuidar de criança. Mas sei o quanto é dificil encontrar uma oportunidade na minha área aqui nos EUA. Por isso, eu já sei que tenho que voltar, mas a vontade não está vindo.

O que mais me vem a cabeça é a segurança. No Brasil, eu andava com síndrome do pânico de andar sozinha na rua. Após ser assaltada por dois motoqueiros, eu comecei a ser refém do medo. E isso aqui não acontece em nenhum segundo do meu dia. Não temos portões, não trancamos portas, o carro fica aberto, a bolsa fica no banco do passageiro, falo no celular sem esconder o aparelho, ou seja, aqui eu me sinto segura.

São dúvidas intermináveis que se passam pela minha cabeça e eu não sei mesmo o que fazer. Ficar mais 3, 6 ou 9 meses é uma escolha que só cabe a mim. Mas, eu vou chegar à melhor conclusão, pois Deus vai me orientar, ele sempre me ajuda e eu não tenho dúvida que o melhor vai acontecer. Já aconteceu pra dizer a verdade. Dei muita sorte com a familia que estou morando, com a nova vida que estou levando.

Meu coração está um pouco confuso, mas isso já já passa (eu espero), mas de resto está tudo bem.

Então meus amigos, se vocês por algum momento se perguntaram, como vai a Bruna, eu posso dizer: ela vai bem, muito bem.

Bjos a todos vocês e estou morrendo de saudades!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O primeiro e o melhor Halloween!


Eu adoro festa à fantasia, sempre gostei. Mas não imaginava que o Halloween seria tão bom. Não apenas porque os EUA se contagia com a data e porque nas ruas, metrôs e esquinas você se deparava com bruxas, heróis, gladiadores, etc. O que tornou meu Halloween inesquecível foi o reencontro com meus amigos de NY e em especial com o único deles que é americano, o Chris.

Falarei sobre ele já já. Antes, quero dizer que amei o clima de NYC e principalmente da Pacha. Gente, foi a primeira vez que fui na Pacha de NY e me dei muito bem. Peguei o melhor dj ever. Jonathan Peters fez minha noite ser espetacular. A música dele (house, techo, trance) foi a melhor que já ouvi. Eu gostei tanto do som que fiquei na balada até 10 da manhã do domingo. Pois é, nem sei se tenho mais idade pra isso, mas é porque estava tudo tão bom, que eu não queria parar...e não parei mesmo. Parecia uma pipoca vestida de pirata pulando. Sim, esta foi minha fantasia: pirata punk. Não tenho do que reclamar, viu. Acho que poderia me dar bem ali, se eu não estivesse tão acompanhada..rs

E o Chris, onde entra nesta história? Bem, o Chris sempre foi meu amigo. Ele me ajudou muito em NY, sempre ficou do meu lado, fizemos muitas coisas juntos e quando eu mudei para Maryland eu senti muito a falta dele. Falta da companhia mesmo. Ele tentou diminuir a distância me ligando todos os dias e então quando nos reencontramos no sábado (30), a gente simplesmente se entregou. Calma, nada demais aconteceu. Quando digo entrega, eu quero dizer que a gente se jogou na balada e curtimos muito um ao outro, pois sabiamos que em poucas horas eu estaria de volta à Maryland.

O que pega é que o Chris sempre foi um "privilegious friend" como a gente costumava dizer. Saiamos, ficavamos, mas nunca pensamos em sentimento, pois nossa amizade sempre foi mais forte. Só que no sábado, quando nos vimos na Pacha até 10 am dançando, a gente se deu conta que esta amizade com alguns privilégios trouxe à tona um sentimento diferente. Não é paixão, não é amor, é apenas um bem querer enorme. Não quero falar muito sobre isso, porque aqui nem é o lugar. Mas quero apenas dizer que eu tive uma noite espetacular. Que o Chris, que continua e que continuará meu amigo, tornou minha noite maravilhosa.

Bom, mas meu Halloween não pode se resumir apenas a como meu coração bateu mais forte, ao contrário. Tenho que dizer que amei rever a Debora fofa, minha amiga brasuca maravilhosa. E que amei rever Simonita e a trupe latina.

Ir para NYC é sempre bom. O clima da Big Apple sempre me encanta e me deixa apaixonada. Agora, acho que só na virada do ano eu estarei lá. O bom é que até lá meu coração vai estar batendo normal novamente e o que hoje se tornou algo forte, vai estar apenas na minha mente como lembrança.

Bjos e muita saudade dos meus amigos brasucas. Há muito não os vejo por aqui e nem nas redes sociais...hunf. Muita saudade mesmo.
Bjos a todos!!!

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Mais que a metade...


Completo neste dia 28 de outubro sete meses nos EUA. Pela primeira vez senti um aperto no coração. Gente, o tempo está passando rápido demais. Mais da metade de um ano já se foi e agora a contagem regressiva para voltar para o Brasil já começou. Pensei no que escrever neste post e não tenho nada em mente. Aliás, tenho sim.

Preciso falar que tenho medo. Medo de não ter aproveitado esse tempo aqui. Medo de não ter aprendido tudo que deveria. Será que meu inglês já está tão bom assim?? Será que comprei o que queria?? Será que cresci o tanto quanto deveria?? E a volta para o Brasil, será que tudo vai ser como sonhei: o novo e esperado maravilhoso emprego; o amor dos meus amigos da mesma forma que deixei, enfim, senti um arrepio hoje. Perceber que só tenho mais cinco meses na terra do tio sam me fez pensar. Será que devo extender e ficar mais um tempo??

Ás vezes, acho que meu inglês continua o mesmo. Não sei se é impressão, mas tenho medo de não ter aprendido tanto quanto deveria. Será que cinco meses são suficientes para estudar dobrado?? E as experiências, será que já vivi o suficiente?? ´

Não tenho nenhuma resposta agora. Sinto muita saudades do Brasil e das pessoas que deixei lá. Porém, ao mesmo tempo, sinto que me adaptei a este País. Aprender todos os dias uma coisa nova me dá energia, ânimo e vontade de aprender mais.
`
Tenho dois meses para me decidir se cinco meses serão o bastante ou se vou prolongar esta minha aventura. Porém, enquanto este momento não chega, bora falar de coisa boa.
Estou super ansiosa pelo Halloween. Não porque é uma festa à fantasia, que por sinal contagia os EUA. Mas sim porque vou reencontrar meus amigos de NY. Vou pra Manhattan neste sábado e estou super feliz. Tomara a Deus que a festa, o reencontro e as surpresas sejam maravilhosas e inesquecíveis. Ah, minha fantasia é uma comédia. Vou de pirata punk. É um mix e pirata com pessoa enlouquecida...hahaha. A fantasia está tão curta, que não posso respirar ou mesmo ter um soluço, ao contrário mostro tudo mesmo...hahaha. Mas ok, é uma vez no ano que eu posso ser uma descaradinha por dentro e por fora...rsss

Sei que ainda devo um post sobre minha vida aqui em Maryland e sobre minha familia. Em breve, escreverei sobre isso. Não estou em um momento "host family". Estou muito fechada e reflexiva. Estou avaliando minhas escolhas, a Bruna de antes, a Bruna de agora e a Bruna que quero ser. É um momento de mudança. Mas, o bom é saber que toda mudança gera evolução e não revolução. Então, na busca deste meu crescimento, vou atrás deste auto-conhecimento e, assim que obtiver todas as respostas, eu posto aqui.

Bjos a todos e até o próximo post.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Quando a língua atrapalha


Você alguma vez na vida já pagou algum mico enorme, tipo king kong mesmo? Bom, se você quer conhecer a rainha da pagação de mico, muito prazer. Não consigo contar as situações que já me deixaram vermelha, engasgada, com vontade de entrar em um buraco e não sair mais. Meus amigos mais chegados sabem. Já presenciaram vários micos, o que dizer de Fundi, Cinthia e Ana Cristina. Acredito que eles são privilegiados, pois já presenciaram cenas impagáveis.

Enfim, o meu post de hoje é dedicado a mais um deles, que desta vez foi coroado como o maior de todos e tudo porque, advinhem, eu ainda não domino o inglês ou preciso de mais tempo para sentar, ler e entender o que me escrevem.

A verdade é que aprender inglês no Brasil é uma coisa. Nos ensinam tudo correto, frases com gramática correta, etc. Porém, meus amigos, aqui a coisa é diferente. É uma gíria, um tal de abreviar palavra. Se eu não sei a palavra em inglês nem inteira, o que dirá pela metade...hahaha

Não vou entrar em detalhes sobre meu mico, mas posso dizer que recebi uma mensagem doce de alguém que significa muito pra mim e ao invés de retribuir da mesma forma, eu acabei com a pessoa, pois interpretei a maçã como um belo de um abacaxi...O pior é perceber que não foi exatamente pelo inglês, mas sim pela pressa. A língua atrapalhou, mas o mais terrível é que eu novamente agi por impulso. Se tivesse esperado e lido com calma, para então responder também com calma, tudo seria diferente.

Acho que perdi uma oportunidade bacana de manter um amigo..rs. Mas ganhei experiência e, juro, agora só respondo um e-mail de um americano depois de ler 10 vezes, passar pelo google tradutor, mandar pra Ana revisar e, por fim, ler mais uma vez...hahaha

É isso, coisas que a lingua faz com a gente. Ai que trocadilho foi esse..hahaha

Aproveito pra dizer que estou morrendo de saudades de todos e que estou feliz. Em breve, escrevo sobre a nova familia. Mas, adianto uma coisa. Festa à fantasia da Casper foi pouco perto do que vem por ai. Gente, o Halloween está chegando e eu vou pra NYC. Desta vez, o lema da fantasia é soltar a franga, ops, as asas e voar por ai..rs. Vou de pilota de avião. Ui...rs

Bjos!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Alguém viu "essa" Bruna por aí?


Quantas vezes você já mudou o seu "quem sou eu" em alguma das redes sociais que você faz parte? ´Tem gente que muda todos os dias, o que me faz pensar e acreditar que tem gente que realmente vive em constante metamorfose. Mudar é bom, né? Tem gente que muda o cabelo, o endereço, o trabalho. Mas a questão é, como é que a gente muda o que sente aqui dentro?

Eu tenho me questionado muito nestes seis meses longe de família e amigos. Tenho buscado entender quem é a Bruna, sabe. O que ela quer da vida, o que ela espera de si mesma, o que ela espera dos outros. Porém, a cada dia que passa, a cada mês que começa, eu percebo que não chego à conclusão alguma.
Me sinto presa em memórias, em um passado, na minha vida antes dos 20 anos. Me vejo sentindo falta da Bruna alegre, pra cima, romântica. Meu Deus, onde foi parar meu romantismo? Sinto falta da Bruna mulher, sabe. Porque a que está aqui é a estudante, a au pair, a amiga, a filha. Mas a mulher, aquela que se cuida, que é feliz acima de tudo, que deseja, que gosta, que se aventura, vixe, esta eu não vejo há muito tempo. Até encontrei com esta Bruna em alguns momentos deste ano, mas foi tudo tão rápido que nem deu tempo de saber como ela estava.

Mas nem precisava perguntar, estava na cara. A Bruna mulher está fechada, perdida em seu próprio mundo, alimentando seus próprios monstros internos, se esquecendo de si mesma e se privando da ilusão, da paixão, do entusiasmo e até da própria auto-estima.

Ela, eu, nós nos perdemos. Ela saiu de dentro de mim e eu não consigo encontrá-la. Sei que ela precisa de um tempo, mas eu to sentindo falta. Sei que ela precisa refletir sobre tudo que viveu nos últimos anos e porque não dizer nos últimos meses, mas enfim, seria demais se eu pudesse tê-la dentro de mim novamente.

Eu sei gente que este post parece estranho, mas ele é um desabafo. To sentindo falta de mim. Do meu cabelo, das minhas unhas bem feitas, da minha ilusão, paixão ou seja lá o que for que este sentimento tem nome, da minha auto-estima, confiança e sensibilidade. To sentindo falta de cor na minha vida e de sabor. Hoje, se fosse escrever o quem sou eu, resumiria: uma tarde nebulosa, que não sabe se chove ou se abre o sol. Algo bem diferente do que está escrito no orkut, por exemplo. Tá vendo, agora eu entendo porque tem gente que muda tanto o quem sou eu. É porque o verbo está conjulgado errado. O correto seria como estou e não quem eu sou. O nosso estado de espírito pode mudar, mas a personalidade, ah, essa é fixa. A gente não muda personalidade, muda comportamento.

Por isso, assim que eu encontrar essa Bruna aí, eu vou dizer: hoje, você está amarga, se sentindo só, desiludida, e perdida, mas quem sabe amanhã você perceba que tudo não passou de apenas um dia ou alguns meses difíceis. Entra pra dentro menina e se abra para a vida. É, se eu encontrar com ela, é isso mesmo que vou dizer. Estou esperando por você Bruna mulher, agora é só entrar!

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

A esperança é a poesia da dor!


"A esperança é a poesia da dor"
Li esta frase em um blog e achei que ela cabe muito bem para o meu terceiro post. Afinal, a minha fé e esperança sempre andam juntas. Para acreditar em algo e se jogar no novo, eu acreditei fielmente que dias melhores virão ao meu encontro.

Em dois dias com a nova familia, eu posso dizer uma coisa: em seis meses de EUA, esta é a primeira vez que me sinto em casa. A familia é amável, as crianças são lindas. Porém, demasiadamente elétricas e mimadas. O cachorro é um fofo e se posso escolher por agora as minhas duas pessoas prediletas na casa, eu vou dizer: Frank - meu hostdad que tem 60 anos e é amável, prestativo e gente bonissima, e a Piper, meu bebe de nove meses, que já está me dando trabalho, mas que a cada sorriso me faz ter vontade de começar um novo dia.

Enfim, não deu pra sentir ainda o que está por vir e claro que eu quero escrever melhor e com mais detalhes sobre a familia. Porém, vou esperar um pouco. O que posso dizer é que tenho acesa dentro de mim a esperança de que os próximos meses serão regados de coisas boas. Eu mereço isso e eu acredito que a vida quer me dar tudo de melhor, então eu vou esperar e agradecer desde ja. Obrigada Deus pela oportunidade de recomeçar e por poder escrever um novo capítulo, uma nova história. Obrigada por poder trilhar um novo caminho.

Metade dela está comigo!


Antes de ir para NY, eu tive um sonho. Sonhei com uma menina no meu colo. Uma criança que me fazia muito feliz e que estava sempre ao meu lado. Quando cheguei em NY vi que os sonhos às vezes se tornam realmente realidade.

A Nia é uma das quatro crianças que eu cuidei nestes seis meses. Ela era a minha alegria na tristeza, meu abraço na solidão, meu conforto nos momentos de homesick, meu refúgio, meu cantinho predileto. Ela era e é uma das pessoas mais doces que eu já conheci na vida. Com ela aprendi a amar os defeitos de uma criança. Com ela, aprendi a ser paciente, a ser amável, a ser presente.

Permaneci seis meses com minha antiga família por medo de pedir rematch. Mas, confesso, por ela também. Me imaginar longe dela me causava uma dor e um vazio enorme. Este vazio está aqui agora. Penso nela em cada segundinho do meu dia. Ela se tornou, com apenas cinco anos, um pedaço da minha vida. Sinto que metade dela veio comigo, e que metade de mim está lá com ela.

O sorriso, o jeito bravo de acordar, o jeito de me chamar de Bruny, o jeito tímido, a fome pelo meu arroz e feijão, a paixão pela Dora Explorer, o jeito carinhoso e amável ao secar minhas lágrimas quando eu estava chorando. Enfim, ela se tornou algo dificil de explicar. Por isso, meu segundo post é dedicado a ela.

Claro que amei o Brandon, mesmo com sua rebeldia, ele era especial em sua essência. Não quis me dar um abraço de despedida, se mostrou firme e frio. Porém, quando o carro ligou e ele percebeu minha partida, ele saiu correndo e bateu na porta do carro pedido um abraço. Vê-lo com os olhos cheios de lágrimas me fez chorar tanto, mas tanto. Como foi bom conhecer e fazer parte da vida deste menino. O mesmo aconteceu com o LJ e a Danielle. Com eles, eu nunca tive tanta intimidade, mas sempre nos respeitamos, sempre brincamos, sorrimos e fomos todos muito felizes com nossa convîvência diária. A estas crianças eu só tenho a agradecer. Elas, assim como a vida, me fizeram crescer, amadurecer, evoluir.

Aos pais delas, Doris e Luis, eu também agradeço e muito. Por terem me escolhido para ser a au pair deles, por terem sido pacientes, flexíveis e abertos à minha cultura. Com eles também aprendi, mas acredito que eles também aprenderam, e muito, comigo. Aqueles dois cubos de gelo se derreteram ao longo dos seis meses e, ao perceberem minha quase-ausência, eles demonstraram que sabem ser amáveis e que sabem reconhecer seus próprios erros. Esta familia, mesmo nos trancos e barrancos, foi especial e continuará sendo, tenho certeza.

Meu coração continua batendo lá!


Gente, os últimos dias foram malucos...não tive tempo de parar, raciocinar, escrever, nada. Então, vou fazer 3 posts distintos. O primeiro vai falar sobre a minha despedida. O segundo sobre os momentos em NY com minha antiga familia e o terceiro vai falar sobre esta minha nova fase, agora em MD.

Primeiro post: "Em cada porto e despedida dessa vida esqueci meu coração batendo lá"

Este título pra lá de longo e que traz a frase do Padre Fábio de Melo resume bem o momento que vivi entre os dias 2 e 5 de outubro.
Não foi fácil dizer adeus às pessoas tão queridas que eu tive a sorte de conhecer em NY. Não foj fácil abraçar e pensar que talvez eu não veja mais o rosto ou o sorriso de algum dos grandes amigos que eu encontrei nestes seis meses. Não foi fácil e continua não sendo.

Este post que deveria ser muito longo para descrever as emoções que vivi ao lado dos grandes amigos vai apenas agradecer às pessoas lindas, amáveis, amigas, companheiras, malucas, especiais e amorosas que eu conheci em NY. Cada uma a sua maneira fez com que meus dias fossem mais leves, engraçados, românticos, descompromissados, felizes! Obrigada Simona por ter sido minha primeira grande amiga; obrigada Maia por ser a anja argentina que eu jamais pensei em ter e por ter me apresentado as crianças mais lindas que eu já conheci e que eu já estou morrendo de saudades; Obrigada Tati por ser minha outra metada insana e com um coração enorme, que me encheu de alegria e me deu vida em dias em que eu parecia vegetar;

Obrigada Slavki pela bondade, pelo coração bom, pela amizade e até pelas caras feias em Vegas..rs; Obrigada Chris por me fazer enxergar seu coração e por enxergar o meu por tantas vezes; Valeu Paulo pela sorte em conhecer alguém tão fofo como você. Valeu Vivian, Edu, Steffany, Jazmin, Jerry, Germano, Nina, Pri, Luciana, Diana, Karlita, pessoal de pockipsie, e todas as tantas pessoas que conheci...valeu demais!

Amei ter conhecido vocês, amei os momentos compartilhados, mesmo que tenham sido apenas mensagens no facebook, não importa. Cada um que passou pela minha vida levou um pouco de mim e deixou um pouco de si comigo. É por isso que mesmo em MD, eu posso dizer: meu coração continua e continuará batendo em NY. Amodoro vocês!

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Seis meses em busca da terra do nunca!


Um dia você se vê pegando um avião. Seu rumo é simplesmente Nova York. Aí, você senta, olha pro lado, exuga as lágrimas depois de uma despedida de arrancar qualquer coração e pensa: o que será de mim agora. Você lembra apenas o que o programa vendia: você vai ter o melhor ano da sua vida. Com esta frase em mente, enfrenta mais de 10 horas de viagem, chega em meio à uma primavera que mais parecia o inverno de São Paulo multiplicado por 2, olha um lugar desconhecido e lindo e pensa novamente: é, agora é real.

Foi assim que tudo aconteceu há exatamente seis meses atrás. Eu e mais um grupo de meninas cheias de sonhos viemos para Nova York em busca de uma coisa chamada realização. Sim, pode ser apenas vontade de aprender bem o idioma, ou então vontade de conhecer outra cultura. Pode ser fulga da realidade, vontade de se jogar no novo. Enfim, muitos motivos nos trouxeram aqui, mas apenas um nos manteve, pelo menos no meu caso, e este foi a minha fé.

Me disseram que eu teria o melhor ano da minha vida e eu acreditei. Larguei familia, carreira, amigos e um conforto incomparável para vir ser au pair e cuidar de 4 crianças. Meu Deus, como foi dificil o começo, mas eu superei. Superei a rebeldia das crianças, a frieza dos pais, a direção, os caminhos malucos, a depressão, tudo. E consegui isso porque aquelas duas asas que me trouxeram aqui continuaram comigo.

É por isso que em seis meses, por ter tanta fé, eu acreditei que eu estava feliz, mas que poderia ser mais. Sabe quando buscamos a terra do nunca, aquele lugar desconhecido em que existe a felicidade plena, pois é, eu fui em busca disso.

Sei bem que fui muito feliz aqui, conheci pessoas inesquecíveis e tive momentos incomparáveis, mas isso foi sempre ou quase sempre fora de casa. Eu queria me sentir 100% com minha familia também e isso não aconteceu, pelo menos não da forma que eu esperava. Maldita expectativa. Ela, às vezes, nos faz sonhar demais. E eu sonhei alto, decidi mudar, mesmo com o risco de voltar ao Brasil em duas semanas. Decidi me jogar no novo e buscar uma nova familia. Uma que pudesse me acolher e me tratar como Bruna e não como qualquer coisa. Eu já disse mil vezes, cansei há um bom tempo de aceitar as coisas pela metade. Agora, eu quero sentir tudo por inteiro, porque se não for, pra mim não é de verdade.

Tomar esta decisão de mudar de familia bem prestes a completar seis meses não foi nada fácil. O medo me acompanhou muito. Porém, deixei ele de lado quando li a frase: "Fear and worries are not in God's vocabulary". Verdade, medo e preocupação realmente não podem estar no vocabulário de Deus. Porque ele dá força e abre nosso caminho, você só precisa acreditar. Eu acreditei. Fiquei em dúvida sim, pois ainda me vejo muitas vezes esperando o pior pra mim. Mas veio o sinal que eu precisava. Veio a resposta que eu tanto queria. Estou deixando Nova York meus queridos. Na segunda-feira vou em busca de uma nova história e em uma nova terra. Estou indo para Washinghton DC, ficarei ali pertinho da casa branca...eee.. Estou indo aberta e consciente de que pra dar certo desta vez, eu também tenho que me doar. Coloquei muito a culpa na minha atual familia, mas cheguei à conclusão que eu também preciso mudar. Preciso ser mais aberta e esquecer um pouco o mundo virtual pra poder viver bons momentos ao lado deles. É assim que vou recomeçar esta jornada.

Foram seis meses maravilhosos em Nova York. Não sei inumerar as pessoas fantásticas que conheci, as amizades que conquistei, o quase-amor que encontrei, as aventuras, os risos, os choros, as descobertas. Enfim, tudo vai ficar na minha mente, no coração e aqui registrado no meu blog também. Não vou mudar o nome do meu blog, até porque vou morar há apenas quatro horas de NYC e esta continuará sendo a cidade dos meus sonhos, mas mudo o layout pra comemorar esta nova fase. Pra chamar estes novos 6 ou 9 ou 12 meses que vêm pela frente (isso ainda é algo indefinido pra mim)e dizer: estou te esperando de braços abertos felicidade. Eu sei, ela está vindo ao meu encontro. Não que eu não a tenha encontrado aqui, claro que ela esteve sempre presente. Mas aqui eu senti que ela veio de passagem e nesta nova fase eu sei que ela vai permanecer ao meu lado.

Moral de tudo isso: cresci. Nunca envelheci tanto em seis meses. Não na pele, no corpo, mas na mente. Me sinto madura, preparada, ousada, consciente e feliz. Pra tomar esta decisão, nossa, eu conversei com quem realmente quer meu bem, com quem me puxa pra cima, com quem quer me ver feliz acima de tudo. Então, obrigada Aninha e João Henrique...obrigada também pelo apoio Tati. Todos vocês foram fundamentais na minha escolha. Não por me persuadirem, mas por me mostrarem que minha decisão seria a mais certa.

Termino este post agradecendo a Deus por tudo. Amo minhas crianças atuais e não sei como será. Farei um post em homenagem a eles. Mas quero terminar mesmo dizendo que a gente tem apenas que acreditar. Eu não sei como vai ser em DC, mas eu tenho fé que será muito melhor. To pronta novamente pra sonhar. Bjos a todos e em especial para minhas amigas queridas que conheci na primeira semana aqui...Alice, Karen, Dau, Debora, Maira, Kelly, Gabriela e cia...obrigada por terem feito a primeira e mais dificil semana se tornar doce e inesquecível. Nossa foto é apenas uma pequena lembrança e homenagem!

E, por fim, leia e reflita: "dreams are the illustrations of a book that our soul is writing about us! (os sonhos são as imagens do livro que nossa alma está escrevendo sobre a gente)....

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Miami e os cinco sentidos!


Sabe quando você é criança e senta no sofá pra ficar sonhando em ser adulto e em todas as coisas que você gostaria de fazer um dia? Pois é, eu me lembro que eu passava horas sonhando que um dia eu iria para Miami. Na época, não muito diferente de hoje, eu não sabia muito geografia, então provavelmente eu achava que Miami era um país e não apenas uma cidade...hahah. Porém, em uma coisa eu estava certa, este lugar é tudo mesmo.

Não sei quem apelidou Vegas de Sin City. Na minha opinião, a cidade do pecado é Miami. Gente, é praia, as coisas são muito mais liberadas. Eu vi cenas que em Vegas daria cadeia, sério mesmo. Mas, não vim aqui postar as coisas estranhas de Miami, ao contrário. Quero contar um pouco, mesmo com um atraso de quase duas semanas, o que foi esta viagem de sete dias que, novamente, foi ao lado da minha amiga Tati.

Para Miami fazer sentido, eu tenho que voltar um pouco no tempo. Quando eu tinha 14 anos, me apaixonei por meu melhor amigo. Seu nome é João e eu lembro que naquela época eu chorava tanto, pois meu amor jamais foi correspondido. Aí, aparece esta tal tecnologia que realmente conecta pessoas, passados e histórias. Gente, eu e o Joao voltamos a nos falar pelo facebook e eu não sei se pelo destino ou por mera coincidência, nós estaríamos em Miami na mesma semana.
Eu amo tudo que é inexperado e ter encontrado meu melhor amigo de 11 anos atrás me deixou muito feliz. O João, já um homem feito, recepcionou eu e minha amiga da melhor forma possível. Se tornou ele uma pessoa fantástica e foi ele também que nos apresentou Miami Beach. Por sinal, esta foto é homenagem a nossa amizade que se fortaleceu demais depois dessa viagem.

Eu não quero me prolongar muito neste post, porque tem muita coisa mesmo pra falar. Mas vou resumir Miami como os cinco sentidos. Sim! Visão, Audição, Paladar, Tato e Olfato traduzem muito bem meus sete dias nesta cidade. Vi muita coisa estranha e muita coisa linda naquele lugar. Ouvi coisas que jamais pensei na vida. Senti muita coisa boa. Experimentei muitos sabores diferentes e o perfume, seja do mar ou de um amigo, isto sim fica marcado. Então, vamos aos melhores momentos:

Visão: se posso escolher uma pessoa, este será o Moritz. Se posso escolher uma cena, João, eu e Tati de madrugada no mar.

Audição: não foi a melhor coisa que eu ouvi, mas a mais engraçada e estranha. Uma senhora de uns 70 anos se propôs a proporcionar uma noite de prazer pra mim e pra Tati. Isto a mulher fez em plena luz do dia, enquanto nos pedia um dolar de esmola..hahaha..inesquecível.

Paladar: ah, a salada de macarrão do hostel que eu fiquei...hahaha. Ou então o wrap que eu e a Tati comemos famintas na volta à NYC (por falar em hostel, este é considerado o melhor de Miami e eu posso assinar em baixo).

Tato: tato pra mim aqui vem ao encontro daquela frase que diz: não é uma questão de me entender, ou toca ou não toca. É, eu posso dizer que ele me tocou. Fiquei caidinha por ele. Mais novo que eu sim, mas tão fofo, tão lindo e sensível. Enfim, como em todas as viagens, eu tenho que voltar com alguém no pensamento. Então, dedico este sentido ao Moritz, garoto da Alemanda e que...ah, deixa pra lá!..rs (Tati agora está rindo de mim e pensando, falei que vc estava afim deste menino..hahaha).

Olfato: este sentido vai pro João. Todo dia cheiroso, ele falava, este meu perfume é demais. Passei 7 dias tentando decifrar se era Polo, Fehari, whatever, e no final eu soube que era mesmo uma ótima fragância da Natura..hahaha.

Enfim, foi tudo muito intenso em Miami. Fiquei doente e senti a dor ao máximo. Fiquei feliz e senti a plenitude. Fiz coisas inexperadas, me joguei no novo e desconhecido, mas amei e quero muito voltar. De Ocean Drive a Downtown de Miami, nossa, vale muito a pena conhecer. Ainda mais se você estiver acompanhado de bons amigos. Tati e João são raizes já. Mas não posso esquecer do Marcos. Amigo brasuca que conhecemos no hostel e que se tornou parte da gente...Sofremos quando ele nos deixou pra ir pro Canadá, mas sabemos que em breve nos veremos.

Nossa, isso que eu tentei não ser prolixa.Dá até preguiça de ler, eu sei. Mas eu adoro registrar aqui, pois com o tempo, vou poder lembrar cada detalhe, cada sensação, cada um destes cinco sentidos que tornaram a viagem pra Miami inesquecível.

Bjos a todos!

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Em 5 meses, ela conquistou meu coração!


Nova York, cidade que nunca dorme, Big Apple, um dos lugares mais amados e admirados do mundo. Quem diria que um dia eu estaria aqui? Quem diria que eu me adaptaria? Pois é gente, lá se foram cinco meses e o balanço que eu faço é que me apaixonei por esta cidade. Vivo em upstate de Nova York, o que significa que não estou na cidade e sim no interior. Mesmo assim, estar há apenas uma hora destas ruas iluminadas e cheias de encantos, me deixa satisfeita e muito feliz.

Mas pra resumir estes cinco meses, eu não posso falar só de NY. Afinal, não seria justo com Niagaras Fall, com New Jersey, com Las Vegas e tampouco com a California. É, se posso escolher uma palavra pra simbolizar estes mais de 150 dias, esta será: viagem! Adoro viajar e tenho tentado aproveitar a oportunidade de estar nos EUA para conhecer lugares que eu jamais pensei em pisar. Hollywood é um ótimo exemplo. Nem sei quantos filmes eu assisti vendo aquela imagem. Só sei que nunca me imaginei ali, tão perto, tirando fotos, fazendo poses. É tão engraçado, sabe. A vida é uma caixinha de surpresas. Um dia, você está em São Paulo, contando o dinheiro para pegar um ônibus ou pra comprar uma casquinha no mac e no outro dia você está em uma das cidades mais badalas do mundo.

Que bom que a vida nos surpreende. E gente, ela tem me surpreendido muito e com muita coisa boa. Não sei nem enumerar os presentes que Deus têm me dado, só sei que quero agradecer. Agradecer a todos que me deram forças para eu estar e continuar aqui. Agradecer a quem entrou em meu caminho e me mostrou que esta seria uma oportunidade única. Agradecer as minhas crianças, que me dão trabalho, mas que são doces, humildes e que enchem minha vida de cor e de esperança. Nia, Brendom, LJ e Danielle. Eles são uns maluquinhos, mas fazem meu coração ficar apertado só de pensar em um dia deixá-los. Aprendi tanto com estas crianças, mal elas sabem disso. Aprendi a ser paciente e a doar meu amor sem esperar nada em troca.

Aprendi que criança não chora e não faz birra por ser ruim, mas sim por querer atenção. Por querer carinho, por querer um momento dedicado a ela. Eu tenho dedicado muito do meu tempo a eles, pois daqui 7 meses eu deixo esta casa e sabe-se lá quando vou saber deles novamente. Não quero carregar comigo a culpa ou arrependimento de não ter dado meu amor, de não ter vivido cada momento, de não ter experimentado coisas novas. Ao contrário, eu quero escrever em abril de 2011 que 2010 definitivamente foi o ano da minha vida, que eu me joguei sem medo e que a consequência foi apenas uma: felicidade!

Obrigada vida e obrigada Deus! Que venham mais sete meses surpreendentes e cheios de alegria!
Termino dedicando meu post ao filme que estou assistindo agora: I Love New York. Foi ele que me inspirou a escrever hoje aqui. Quem tiver a oportunidade de assistir, eu super recomendo. Bjos a todos!

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

What happens in Vegas stays in my memory!


Não adianta, todo mundo que vai para Sin City - a cidade do pecado, ou melhor, Las Vegas, volta com o slogan da cidade em mente: what happens in Vegas stays in Vegas. Só depois de passar sete dias nesta cidade eu compreendi o porque desta frase. Gente, é muita emoção, muitos sentimentos, muita loucura envolvida para ser divulgada. Porém, como tenho este blog para guardar minhas melhores lembranças, é claro que eu tenho que postar um gostinho do que foram estas minhas férias.

Sabe, no Brasil eu adorava ir nas festas à fantasia da faculdade, pois lá, eu vestia uma roupa que jamais usaria no dia-a-dia e me jogava na balada. Eu encarnava uma outra Bruna e eu posso dizer que foi isso que aconteceu em Vegas. Pra começar, meu nome mudou para Angelina..hahaha. Sim, ouvi muitas piadas de"prazer, eu sou o Brad", mas este nickname me proporcionou boas risadas e protegeu a minha identidade e a minha realidade, pois o que eu vivi ali foi só um sonho, acho que por isso foi tão bom.

Quem foi pra Vegas comigo: Tati (brasuca) Vivian (brasuca) e Slavki (ucraniano).
Quais as melhores baladas: XS (considerada a melhor balada dos EUA) e TAO
Por quê? XS porque era um lugar fonemenal, dentro do hotel Encore, que dispensa comentários. Tinha uma piscina maior que o mundo, só tinha gente linda, a música era perfeita, tinha angels dançando em toda parte, as luzes eram demais e eu me esbaldei. Já a TAO era perfeita, pois é a balada mais concorrida para entrar e eu conseguir ir e ainda não pagar nada, o lugar era incrível, a música sensacional, muita gente bonita também e lá, só lá, eu encontrei o Mark da Califórnia.
O melhor momento: foram muitos, mas se é pra escolher, digo que foi no restaurante, ouvindo o Mark cantar Glory of Love.
O maior mico: beber até cair antes de ir pra balada e só acordar no dia seguinte..rs
O que não deixar de ver em Vegas: a Strip durante o dia. Ande e se divirta em todos os bares, olhe todas as pessoas, que por sinal, meu Deus, foram um colírio para meus olhos.
Algo inexperado: me divertir na TABU e encontrar uma turma de brasileiros nás últimas horas que estava em Vegas;
Uma boa gargalhada: eu e o italiano na TABU, o que aconteceu, bem, isso fica em Vegas.
Uma lembrança: o colar do italiano que ficou pra mim.
Um arrependimento: de não ter saído mais, me divertido mais e de não ter pegado o telefone de quem deveria.
A melhor companhia: Tati, né. É amiga de coração, de espírito e de tequila na veia...rs. Além de tudo, compartilha comigo o bom gosto pela Itália..hahaha
Se pudesse criar um slogan para esta viagem seria: Adoro a Itália, mas bem mais a Califórnia...hahaha
Vale a pena viver de novo? E como vale. Las Vegas é um mix de sonho com aventura. É o lugar em que as pessoas se jogam. Eu não tenho do que reclamar, me joguei, não tanto como deveria, mas me joguei.
O que eu não dá pra esquecer: do sorriso do Mark, do meu porre com a Tati, do calor infernal e ao mesmo tempo maravilhoso, do clima, do sentimento que aquela cidade carrega, dos meus micos, do italiano, dos brasileiros, não dá pra esquecer Vegas.
E Los Angeles, onde fica? Pois é gente, não fui só pra Vegas. Amei a Califórnia. Conhecer LA, Hollywood e Beverly Hills foi demais. Nunca me imaginei estar ali, mas Deus é maravilhoso e eu só tenho a agradecer.
Que música marcou Vegas: Glory of Love (só eu sei porque)
Que frase define esta viagem: "Não me arrependo de nada que tenha alcançado as coxas. não nego coisa alguma que passe perto do coração. Se fiquei roxa foi porque teve ação". Martha Medeiros..
..............................hahahahahahahahaha........claro que não...a frase é:
""Queria saber: depois que se é feliz o que acontece? O que vem depois?" Clarice Lispector
Sim, o que será que vem agora, depois de momentos tão maravilhosos. Na verdade, não sei, mas acredito que dias ainda melhores virão.

Valeu Tatinha, Vivian E Slavik. Valeu Vegas, valeu LA. Valeu tudo e continua valendo!

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Eu sou brasileira, com muito orgulho e com muito amor!


Ah gente, que emoção! Ontem, eu fiz algo que não pensei que aconteceria aqui nos states. Fui ao jogo da seleção brasileira. Caramba, eu fiquei muito feliz. Não apenas por ver a seleção que trouxe os jogadores que todo mundo queria assistir na Copa do Mundo, como o Neymar, Pato, Ganso e por ai vai. Mas sim porque eu estava ao lado de uma nação brasileira. Centenas de pessoas vestidas de verde e amarelo só me deram uma certeza: eu sou brasileira com muito orgulho e com muito amor.

O jogo foi fantástico. Cheguei no estádio aos 30 minutos do primeiro tempo, pois de New York para New Jersey é mais de uma hora e o trânsito também não quis colaborar, mas ok, nem o congestionamento tirou o brilho da noite.

O engraçado é que fui com uma turma nova. Meninos do Peru e do México, todos amigos da Maia (Argentina). Eles me viram só uma vez e fizeram a gentileza de me convidar. Ai já viu né, diversão garantida. Gritei, sambei, tirei foto com turista, que por sinal deve ter pedido pra tirar foto comigo por não conhecer alguém tão maluca como eu..hehehe, enfim, foi o máximo.

Este é um daqueles momentos que eu vou guardar na minha caixinha de boas lembranças dos EUA. Ontem, mais uma vez, eu senti que vale a pena estar aqui. Nos trancos e barrancos, a gente se diverte.

E por falar em diversão, estou em contagem regressiva para minhas férias. Sabadão é o grande dia. Vegas, eu mal posso esperar!

Termino este post ressaltando para todos os meus amigos brasucas que eu estou morrendo de saudades. Amoooooooooo!!!

Bjos e até a próxima!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Deus está em cada detalhe!


Sabe, tenho vivido bons momentos aqui. Deus tem cada vez mais me abençoado. Cada minuto, tenho agradecido por esta fase tão iluminada. Eu não preciso fazer muita coisa pra ficar feliz. Hoje, por exemplo, eu fui escalar uma montanha com meu amigo Chris.

Quando cheguei ao topo, agradeci tanto a Deus. Porque onde, em uma terça-feira, eu poderia viver um momento assim. Eu nem ao mesmo estou de férias, mas é como se eu estivesse.

O Chris me levou na broken nack montain. Parece até o nome daquele filme, né. Mas não é não...hehehe. Só sei que fiquei muito contente, pois foi um programa tão diferente. Demos tanta risada juntos. Eu quase cai umas mil vezes, ele também. Chegamos lá em cima, comemos um sanduiche, conversamos sobre a vida e ai paramos, olhamos um pra cara do outro e dissemos: obrigada Deus.

Estes simples momentos têm feito muito sentindo pra mim e eu tenho tentado aproveitar cada segundindo. Sabe aquela história de viver cada dia como se fosse o último, pois é. Saber que daqui 7 meses eu volto para o Brasil, me dá esta sensação de que tenho que aproveitar muito bem tudo isso aqui, que por mais dificil que seja, tem sido uma experiência pra lá de maravilhosa.

Termino meu post com uma frase em inglês, mas que faz todo sentido sobre esta fase:

"And in the end is not the years in your life that count. It's the life in your years."

Bjos a todos e aquela saudade de sempre!

domingo, 1 de agosto de 2010

A gente nunca sabe!


Você vai lá, fecha seu coração e promete, nunca mais vou me apaixonar. Ou então, você diz, homem nenhum vai mexer comigo a ponto de me deixar com frio na barriga, com palpitação no coração e com a boca seca.

Você se maqueia, coloca uma saia nova, um perfume gostoso e pensa, quero me divertir até a última gota. Vai pra balada pra se divertir só com seus amigos, não olha para os lados e, se olha, pensa: já deu de americano né. Pobre menina! Ingênua acha que pode prever o futuro. Mal sabe ela que a vida é uma caixinha de surpresas e que, sem esperar, algo diferente, algo inesperado pode acontecer.

A gente nunca sabe o que o destino reserva pra gente, o que a vida nos reserva. Então, porque será que teimamos tanto em dizer não para as oportunidades que ainda nem surgiram na nossa vida. Eu tenho me visto muitas vezes assim, dizendo não, fugindo, me escondendo. Mas não adianta. Quando algo tem que acontecer, acontece...

Um encontro inesperado com alguém que vc conheceu uma vez e que pensou que jamais encontraria novamente, por exemplo. Ou então uma troca de olhares com alguém que vc nunca viu, mas que foi capaz de mexer com vc de uma forma inexplicável.

Enfim, este meu post hoje é dedicado ao meu final de semana, que foi inesperado, gostoso, dançante, cheio de surpresas e apaixonante.

Foram quatro baladas em dois dias, uma amizade cada vez mais fortalecida entre o Slavki, Tati e eu (agora chamados de os 3 mosqueteiros), um encontro inesperado e outro apaixonante, e, para fechar com chave de ouro, enfim compramos nossa viagem. Vegas e LA esperam por nós, os três mosqueteiros. Se aqui em NY eu me divirto, eu posso dizer que em Vegas eu vou extravasar. Se um dia alguém me disse: se joga! Pode ter certeza, isso acontecerá a partir de 14 de agosto...eu mal posso esperar.

E se posso deixar um recado pra quem lê meu post, será: se abra para as oportunidades da vida. Diga mais sim do que não. Esteja aberto, pois quando você menos espera, algo bom acontece. Mesmo que seja passageiro, mesmo que seja de longe, mesmo que não seja por inteiro.

Sexta o inesperado me balançou. Porém, sábado, apenas um olhar, apenas um sorriso e um "what a shame" me deixou caidinha por 24 horas. O bom é que o domingo está acabando e junto a ele este sentimento que me deixou com cara de boba o dia inteiro...hahah

É isso. Sei que faltam detalhes, mas já disse, este tipo de assunto só pessoalmente, por telefone ou skype...hehehe

Bjos a todos e excelente semana!

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Mas, já?


Hoje, eu estou completando quatro meses de EUA. Diferentemente dos outros posts, desta vez eu vou deixar uma diva da música popular brasileira - XUXA MENEGUEL - falar sobre meu momento..rs

Tô de bem com a vida, tô de bem com a vida,
Tô de vento em pôpa, tô de vento em pôpa,
Tô feliz pra burro, tô feliz pra burro,
Tô assim com o mundo, tô assim com o mundo (2x)

Pra estar bem da cuca, tem que ir à luta
Botar pra quebrar, não deixar parar
Tô te esperando, coração aberto
Chega mais prá perto, prá gente cantar

Se ficar de bode, você se explode
Se ficar à toa, a vida voa
Se faz corpo mole, alguém te engole
Ficar de preguiça, a vida toda enguiça
Hu!hu!

Ih! Acabou?

Não, não acabou. Tem mais oito meses pela frente. Meses estes que eu tenho fé que serão maravilhosos, únicos e inesquecíveis!

Bjos a todos!

terça-feira, 27 de julho de 2010

Mente e coração nos EUA


Quem diria, há quase quatro meses nos EUA a ficha começou a cair de que este é sim um bom lugar para se viver. Tudo depende das companhias e amizades que você encontra aqui.
Semana passada foi meu último dia de aula na Orange. Em setembro, vou para outra universidade, pois terei que estudar de manhã. Mas, o último dia de aula, me pegou de calças curtas. O coração ficou apertado, a garganta ficou seca, meus olhos encheram de lágrimas, tudo isso porque me apeguei à minha turma nestes dois meses de convivência.

Eles eram diferentes, sabe. Engraçado, cada um tinha algo especial. A Berta (peruana) por ter 60 anos e estar tentando agora aprender inglês depois de 20 anos nos EUA. O Nestor (mexicano -42 anos) por sua serenidade e gentileza. O Ricardo (Equador - mais de 40 anos) por sua paz de espírito. O Sergio(California) por ser americano e mesmo assim ter que aprender inglês. A Tati (brasileira) por ter se tornado minha fiel escudeira. O Slavki (Ucraniano) por ser doce e a cada dia mais companheiro. A professora por ser atenciosa, amistosa e acolhedora. Todos especiais e com uma característica em comum: simplicidade. Foi por isso que me identifiquei tanto com eles. Adoro gente simples de coração. Que sabe enxergar a gente além dos olhos. Eles era assim. Por isso, na despedida, eu percebi que não importa onde você esteja, você sempre tem a oportunidade de conhecer alguém especial, que te agregue, que te ensine algo, seja sobre a vida, seja sobre suas crenças, seus costumes...

Nada como o tempo para me fazer valorizar estes momentos, estas pessoas. O Guilherme, um amigo meu, disse uma vez: "Bruna, sinta, ouça e experimente tudo ai como se fosse a primeira e última vez. Você provavelmente nunca mais verá estas pessoas, estes lugares, então viva intensamente". Verdade. É muito provável que eu não vá ver mais eles e muitas das outras pessoas que estou por conhecer. Portanto, a idéia agora é ir a fundo. Quero tudo com a máxima intensidade possivel. Quero sentir as pessoas, os lugares. Quero deixar o Brasil um pouco de lado. Preciso desligar, gente. Não dos amigos e da familia, não é isso. Mas é que preciso valorizar este momento agora para ter certeza que tudo valeu a pena. Preciso que minha mente e coração estejam juntos aqui, nos EUA. Ao contrário, eu vou voltar me lamentando pelos momentos que não aproveitei, pelas pessoas que não conheci, pelos lugares que eu não enxerguei. Não é isso que eu quero. Para voltar completa para o Brasil, eu preciso viver isso aqui por inteiro. E é isso que eu vou fazer.

E pra terminar, deixo uma frase que uma amiga mais que querida me enviou hoje e que me fez refletir muito sobre meu momento aqui. Bjs a todos!

"Viajar é melhor que qualquer faculdade ou pós-graduação. É onde nos reciclamos. Conhecemos o novo e aguçamos a criatividade. Aprendemos a nos relacionar e absorver a cultura alheia. Quando for viajar lembre-se de ir de coração e mente abertos. Essa é a melhor maneira de aproveitar tudo que uma viagem pode nos oferecer. Certamente você fará verdadeiras amizades com pessoas prestativas do mais alto caráter, capazes de nos deixar boquiabertos pelo tratamento e hospitalidade. Viagens assim que deixam na memória lembranças e amigos inesquecíveis...e nos fazem refletir e repensar nossas atitudes".

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Um tempo pra mim!


Não sei se foi um presente ou se é apenas uma preparação para os oito meses que vêm pela frente. Só sei que este mês eu não estou trabalhando e estou ganhando por isso. As crianças estão na Flórida e eu estou aqui sozinha. Os pais delas só chegam à noite, então minha melhor companhia tem sido eu mesma.

Gente, estou em estado de pura plenitude. Nunca olhei tanto para dento de mim. Acordo, pego o carro e vou sem rumo, ouvindo música no ultimo volume, pensando e agradecendo a Deus por estar aqui. Tem vezez que é muito dificil atravessar os dias, mas tem vezes que tudo vale muito a pena. Hoje, por exemplo, foi uma segunda-feira atípica. Justo eu que odeio este dia, posso dizer que ele se tornou parte daqueles momentos em que vc guarda na sua caixinha de boas lembranças.

A Tati e eu passamos o dia juntas, pois ela estava off. Não fizemos nada demais, apenas fomos almoçar juntas, fomos na facul resolver umas coisas, andamos no shopping e nos vimos felizes. Sabe, quando se está londe de tudo e de todos, a gente começa a dar valor para as coisas simples da vida. Cada segundinho que a gente pode estar ao lado de alguém que nos quer bem e que a gente pode dar risada vale muito.

Eu quero aproveitar demais este mês, pois, além de estar sozinha e poder fazer tudo que tenho vontade, é julho. Ou seja, verão de quase 40 graus em NY. Sou muito abençoada. E para completar, dia 14 de agosto está chegando. Sim, são minhas férias e eu não vejo a hora de pegar o avião rumo ao desconhecido..rs. Não fechei ainda pra onde eu vou. Mas acho que até o final desta semana eu posto aqui meu destino.

E para finalizar, vou postar o trecho de uma música que estou ouvindo agora e que é uma delicia para dar uma animada. Ela se chama Pocketful of Sunshine (um bolso cheio de luz de sol) da Natasha Bedingfield. Bjos a todos!

[I got a pocket, got a pocketful of sunshine
I got a love, and I know that it's all mine, oh]
Take me away (take me away)
A secret place (a secret place)
A sweet escape(a sweet escape)
Take me away (take me away)
Take me away (take me away)
To better days (to better days)
Take me away (take me away)
A higher place (a higher place)
The sun is on my side
And take me for a ride
I smile up to the sky
I know I'll be all right

domingo, 18 de julho de 2010

José Cuervo, obrigada!


Nossa, estou quebrada. Este sábado foi bem agitado e eu posso dizer que me diverti horrores. Não só porque estou numa fase mais feliz, pra cima, em que tudo está dando certo, mas sim porque ela, junto a um limãozinho elevou meu estado de felicidade. Sim, bendita tequila! Como pode três doses serem capaz de me virar do avesso...hahhah...Sim, eu, Tati, Slavki e Simona fomos ao Torches (balada maravilhosa) e fizemos um bom esquenta. Por apenas $11 compramos uma garrafa de tequila e o que eu posso dizer é que foi uma loucura fazer isso. Saí de dentro de mim, gente. Dancei tanto, mas tanto, me diverti tanto. Foi demais!

Mas tudo na vida tem um preço, né. Querendo dançar mais do que deveria, meu joelho reclamou. Caí no chão, após minha rótula virar 180 graus. Sim, só quem sabe o que é uma dor no joelho pode entender o que eu senti. Porém, na empolgação, eu nem percebi que estava doendo tanto. Só que, hoje, quando acordei, meu Deus! Eu não tinha um joelho e sim uma bola no lugar. To morrendo de dor, mas ok, valeu a pena. E deve ter valido a pena pra quem assistiu ao meu tombo também...hahaha...mico, gente. Paguei minha cota já aqui nos EUA.

Mas valeu a pena mesmo porque estava com ótimas companhias. O Slaviki é Ucraniano é uma pessoa fantástica, que tem se tornado um bom amigo, tanto meu quanto das meninas. Simona e Tati nem preciso dizer. São minhas fiéis escudeiras e eu já não me imagino mais sem.

Enfim, uma boa dose de tequila nos reservou boas doses de risadas e diversão.

Agora, tenho que ficar mais em casa, pois to juntando din din para minhas férias. Em breve posto aqui pra onde vou...ainda não fechei o pacote, mas tudo indica que será Vegas..huhuh

E esta semana, bom, será tranquila como a última. Minhas crianças viajaram é só voltam daqui 3 semanas. Por isso, estou descansando, me cuidando, amando não ffazer nada, mas confesso que elas me fazem falta.

Vamos ver se minha opinião vai continuar a mesma quando elas voltarem, né...rs

É isso. Deixa eu ir, pois meu joelho tá reclamando de dor.

Bjos a todos e aquela saudade de sempre...cada dia maior!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Meu velho!


Engraçado, tem coisas dentro da gente que não gostamos de mexer. Sabe aquele quarto dos fundos em que você guarda suas maiores bagunças e que não entra lá, pois sabe que se mexer vai acabar achando seu passado, suas lembranças...
Hoje, eu cheguei da faculdade e mudando de um canal para o outro, eu decidi assistir Rocky IV. Eu já assisti este filme diversas vezes quando era mais nova, mas naquela época nem passava na minha cabeça o objetivo deste filme, que é mostrar o grande herói norte-americano, aquele que derrota todos, que pode tudo e que, neste filme, colocou a Russia no chão.

Mas enfim, não foi pela história e tampouco pelo rosto novinho do Stallone que eu resolvi assistir este filme, mas sim porque lembrei do quanto meu pai adorava assistir ele comigo. Nunca falei do meu pai aqui e falo pouco dele para as pessoas. Digamos que meu pai é uma ferida não cicatrizada que quando eu falo sobre dói ainda mais. Pois é, eu decidi assistir ao filme, pois de certa forma eu me senti perto dele.

Meu pai que estou falando é aquele que não é de sangue, mas que é de coração. Lembrei das tantas vezes em que eu e ele ficamos acordados de madrugada, assistindo luta-livre, fórmula 1, filmes, o que fosse. Ele dizia "menina, vc devia ter nascido homem". Eu adorava a companhia dele. No estádio de futebol, a gente fazia a festa. Mas o melhor momento não era gritar gol, mas sim comer o churrasco com pão na frente do morumbi...hahaha...(era uma delicia)...ele pedia o de pernil e eu sempre o de calabresa. Lá, somente lá no estádio, ele permitia que eu falasse palavrão e até dava risada quando me via gritando feito um homem..era engraçadíssimo.

Não sei como, mas este filme me fez recordar tanta coisa boa, me fez lembrar do meu pai com tanta saudade. Hoje, tenho 25 anos, sou formada, estou nos Estados Unidos, adoro trabalhar, sou responsável, sou honesta e sabe quem me ensinou quase tudo que eu sei? Foi ele, meu velho. Meu paizinho que eu amei e que amo tanto. É uma pena que o destino e as circustâncias da vida tenham nos distanciado. Mas o bom é saber que tenho meu quartinho dos fundos, onde eu sempre que sentir saudades posso entrar e recordar tudo que aprendi, tudo que vivi e tudo que ele me ensinou sobre a vida.

Não gente, ele não está morto. Mas ele decidiu tomar outro rumo na vida. Porém, ele deixou pegadas, muitas pegadas aqui no meu coração velho de guerra...e eu sei que quando eu estiver pronta, eu saberei onde e como encontrá-lo.

Bom, nem preciso dizer que estou me acabando em lágrimas, né. Por isso, vou parar por aqui. De repente fiquei carente e então vou aproveitar pra dizer que to com muita saudade dos meus amigos, da minha mãe e que falta pouco pra eu estar aí do ladinho de vocês.

Bjo enorme!

domingo, 11 de julho de 2010

Abraçada de longe e de perto!


"A gente não faz amigos, reconhece-os". Pois é, começo meu post hoje com esta frase de Vinícius de Moraes. A razão é simples: hoje eu quero dedicar este post aos meus grandes e queridos amigos. Aos antigos e aos mais recentes.

Ás vezes, me pergunto o que me dá forças pra estar aqui sozinha em NY. E ai em um final de semana como o que eu tive, eu vejo todas as respostas. Tenho muita sorte. De longe, recebo carinho de todos os cantinhos. De zona leste a oeste, de Santo André à Osasco, sempre tenho alguem que está olhando por mim, que quer ver meu sorriso, que se importa se eu estou bem aqui, se estou feliz, enfim. São e-mails diários de "Bru, vai lá, você consegue".Ou então é uma ligação com vídeo pelo skype, em que me dá a oportunidade de ouvir, ver e sentir estas pessoas tão incríveis que fazem parte da minha vida.

Neste sábado, poxa, me senti tão querida. Meus amigos brasucas viajaram pra praia e levaram o notebook pra falaram comigo. Pra me verem, me ouvirem e me darem certeza do quanto sou sortuda. E aqui, do outro lado do mundo, eu venho tendo a mesma sorte. Encontrei uma amiga brasuca que está me dando a maior força. Por sinal, passei o final de semana na casa dela e foi tudo de bom. Me senti acolhida, me senti feliz!

Enfim, obrigada a todos vocês que de longe ou de perto me fazem mais forte, mais segura e mais alegre. Não vou citar nomes aqui, os autores dos e-mails, das ligações, quem está ao meu lado sabe. Este post é todinho para vocês.

E só para citar mais uma coisa sobre o final de semana, poxa, fui para New Paltz, uma cidadezinha aqui perto e literalmente me acabei na balada. Gente, fazia tanto tempo que não dançava como dancei. Quem me conhece sabe o poder de uma tequila. Quatro então, vocês já podem imaginar..hahaha...nem vou comentar.

Bom, é isso. Termino meu domingo meu assustada, pois esta casa é muito grande e eu vou dormir sozinha. Pois é, a familia viajou e eu fiquei aqui alone. Mas ok, eu tenho que aprender a gostar da minha própria companhia. Este é sem dúvida um ótimo exercicio.

Bjos a todos!

domingo, 4 de julho de 2010

O Sabor da Big Apple


Final de semana embalado pelo feriado de 4 de julho (Dia da Independência Americana), muita animação e um encontro de muitos brasileiros em Manhattan. Pois é, neste sábado, eu e a Debora (au pair brasileira),fomos encontrar seus amigos de Marilia na cidade que nunca dorme. Nos duas demos muita sorte, pois pegamos um hostel fantastico, em frente ao central Park. Mas a sorte mesmo foi ter uma noite verde e amarelo. Gente, os amigos da Debora são engraçadissimos. Uma turma de quatro professores que com toda a didatica deles, nos ensinaram o que é sentir a empolgação brasileira novamente.

Eles nos presentearam com algo que eu jamais pensei que sentiria falta: sonho de valsa...hahaha...Sim, comer aquele bombom novamente me deu uma felicidade tão grande, que se os meninos soubessem, teriam cobrado. Mas enfim, falando sobre a noite, acredito que todos nos divertimos. A balada foi novamente na cobertura do hotel "something", não lembro o nome agora. Os meninos dançaram e a melhor parte da noite era ver o quanto as luzes desta cidade encantam os turistas. Os meninos estavam emocionados e, mesmo eu e a Debora que vivemos há quase uma hora de lá, também estávamos.

Foi uma noite bem legal e meio louca. Não porque conhecemos uma californiana que estava praticamente querendo fazer uma troca de casal entre ela, seu namorado e todos nós que estávamos ali. Não, o que eu achei insane nesta noite foi eu mesma. Gente, como é que pode eu estar em Manhattan, numa super balada, com amigos brasileiros e mesmo assim perceber que minha cabeça estava há quilômetros de distância. Me fechei um pouco, muitas vezes fiquei sozinha e me peguei pensando em coisas que não faziam parte daquele lugar.

Enfim, percebi que meu corpo e cabeça ainda não estão andando juntos. Ora aqui, ora lá...To esperando o momento em que vou me sentir 100% nos EUA...prometo escrever aqui quando isso acontecer.

Para finalizar o final de semana, eu e a Debora acordamos, andamos no central Park, depois fomos na 5 avenida, onde percebemos o quanto somos pobres..hahaha...e por fim almoçamos naquele ilustre restaurante "Mc Donald´s", lugar em que nos rendeu uma boa conversa e muitas lagrimas. Mas esta já é uma outra pauta.

Ah, e agora na TV esta acontecendo a queima de fogos ao vivo, em comemoração ao Dia da Independência. Mais de 30 minutos de fogos. Se é uma coisa que me admira neste País, é o patriotismo. O Brasil, neste quesito, tem muito o que aprender com eles.

Bom, por hoje é só. Quero apenas deixar um recado para uma menina linda e especial: estamos neste barco juntas, Debora, e tenho certeza que tempestade nenhuma vai deixar ele virar. Dias de sol é o que merecemos e teremos. Bjos, amei nosso findi e te adoro!

Bjos aos meus amigos brasucas também. Amo vcs!

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Nada como o tempo...


É, estou completando 3 meses de EUA. Nossa, é engraçado, pois parece que estou aqui há muito mais tempo. Acho que o que dá esta sensação é a intensa saudade que sinto de todos do Brasil.

Este último mês foi mais dificil do que os dois primeiros. Não pela adaptação, pois isso a cada dia está mais tranquilo. Mas sim pelos altos e baixos que passei aqui. Hoje, minha amiga (também au pair) disse: "é Bruna, to triste hoje...mas é assim mesmo, vida de au pair, neh".

Verdade, esta vida de au pair não é fácil não. Olho meninas formadas e inteligentes se dedicando a 3 ou 4 crianças,passando mil perregues com a frieza americana, sendo muitas vezes humilhadas, e aí eu penso, o que a gente veio fazer aqui e o que nos faz conseguir permanecer um ou dois anos neste lugar?

Bom, nestes 90 dias, eu tenho muitas respostas. A gente está aqui, pois por mais que a semana seja dificil, aqui conseguimos algo chamado liberdade de espírito. Aqui somos nós mesmas. Nunca, em toda minha vida, eu fiquei com meu cabelo tão natural, minha cara tão lavada e poucas vezes eu agi intensamente como faço em tudo que conheço e experimento aqui.

Um passeio na Big Apple me rende sorrisos e emoções. Ver uma turma de brasileiros, me enche o coração de alegria, falar inglês o dia inteiro e perceber que já estou entendo muita coisa é uma delicia e assistir a um filme sem legenda e conseguir entender quase tudo, nossa, é demais.

E o aprendizado. Nossa, quem sou eu hoje? Garanto que não sou a mesma Bruna que saiu do Brasil. Não apenas pelos quilinhos a mais que ganhei nesta terra, mas pela forma que encaro a vida agora.

Hoje, já sei cozinhar, já sei cuidar das minhas roupas, já sei dirigir (isto é um milagre..rs), já sei controlar mais as minhas emoções...Enfim, me sinto mais adulta.E como será que vou estar daqui 9 meses meu Deus? Isso eu realmente não sei. Só desejo que eu tenha muitas histórias pra contar e experiências para dividir.

Viagens, amigos, amores, presentes, lembranças, tudo, tudo isso tem que caber na minha mala quando eu voltar ao Brasil. E graças a Deus tudo isso eu tenho tido aos montes aqui, viu...Por isso, minha mala vai voltar bem pesada com os momentos mais bem vividos, eu tenho certeza.

E só para não esquecer o final de semana maravilhoso que eu tive, tenho que comentar que fui pela primeira vez a um jogo de baseball. Fui no jogo do Mets, mesmo me considerando Yankees...rs...O jogo é bem chato, mas o estádio é lindo e aquela vibração e confraternização americana compensaram. Por fim, a Tati, eu, uma menina da Hungria e duas da Ucrania fomos na parada gay de Manhattan...Gente, eles têm muito mesmo que aprender com o Brasil. É uma pena falar isso, mas nossos gays são bem melhores..hahaha

Bom, termino dizendo que estou morrendo de saudades dos meus amigos...Alguns andam sumidos,mas eu sei que é apenas uma fase...meu sentimento é o mesmo por vcs.

Bjos e contem ai...mais 9 meses só..huhuhu

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Final de semana nota 10!


Nossa, que saudade que eu estava de escrever no meu blog. Sei que muitos amigos me acompanham e isso me dá inspiração para dizer aqui tudo que está acontencendo na terra do Tio Sam.
Andei meio fechada nestas duas últimas semanas. Passei perrengues aqui, sofri por algumas coisas do Brasil, me senti perdida e agora me sinto bem novamente. Estou numa fase de descobertas. Só que o problema é que nem tudo que descubro é bom. Caiu minha ficha sobre muitas coisas que venho fazendo errado em minha vida. Os vícios que adquiri com o tempo, como o de não pensar em mim, como o de sempre me iludir com as pessoas, achando que elas são sempre boas. Enfim, estou trabalhando isso dentro de mim e acho que esta viagem pode sim fazer meu GPS interno funcionar corretamente, fazendo assim com que eu realmente me encontre.

Anyway, hoje eu quero dizer que tive um final de semana maravilhoso. Sábado, foi niver de uma das latinas, e, até que enfim, eu fui na balada que eu tanto queria. Torches (tocha em inglês) é uma balada que fica bem pertinho de onde eu moro, mas que mais parece uma balada de Manhattan. Gente, o lugar é maravilhoso. Gente linda, música boa, bebida nem tão cara. Só podia me divertir, né. Mas me diverti mesmo, só que desta vez foi diferente. Eu me senti Bruna, sabe. Me soltei, me joguei e tive uma noite maravilhosa. Conheci novos amigos, dancei, dancei e dancei.

Já o domingo foi um dia brasuca...ahhhhhhhh....assistir ao jogo do Brasil ao lado de amigos brasileiros não tem preço. Fomos eu e a Tati para a casa do Paulo e lá estava também o Eduardo. Nos divertimos juntos e entramos no clima da Copa...nossa, como é diferente torcer aqui...acho que nunca vou esquecer isso.

O dia terminou meio tonto...hahah...a Tati, eu e o Paulinho fomos no Fridays tomar um chopp e pedimos algo meio grande, que por sinal vale super a pena...gente, o chopp se chama blue moon..amei, é tipo uma baden baden, mas bem melhor, eu recomendo.

Resumindo, tive um final de semana gostoso, perto de pessoas especiais e ainda por cima conheci e vou sair...bom, pauta para uma conversa no skype e não para meu blog...hahaha...

Ah, quero terminar dizendo que estou super feliz por duas grandes amigas brasucas. Rebecca, que passou no processo de trainee das Pernambucanas e Alexandra, que entrou no Pão de Açucar. Bom, a felicidade de vocês é a minha. Torço, vibro e me sinto parte desta boa fase que vocês estão vivendo. Amo vcs amigas!

Bjos a todos e saudades, daquelas de sentir dor na garganta e no coração!

terça-feira, 15 de junho de 2010

A Copa do Mundo que nem todo Mundo vê!


Ai gente, hoje foi o primeiro jogo do Brasil e eu precisava postar o que foi assistir ao jogo aqui, neste País que não torce, não vibra e nem se empolga com este grande evento mundial.

Pois é. Aqui não tem bandeirinha, não tem faixa nas ruas, vuvuzela então, nem pensar. Pòr isso, eu faço minha própria festa. Hoje, fiz tudo que tinha que fazer para estar às 14h30 na frente da TV (15h30 no Brasil). Sempre fui fanática por futebol, herdei este gosto do meu pai. Sempre fiquei enlouquecida na Copa do Mundo, mas desta vez senti algo tão diferente. Senti um amor por aquele time, por aquela camisa. Gente, me senti tão patriota. Chorei no hino, vê se pode. Sim, parecia que eu estava vendo alguém da minha família, algum conhecido. Me senti mais perto do Brasil e isso me deixou realmente emocionada.

O jogo não foi dos melhores, eu sei. Mas deu pra me divertir. Gritei como louca e ensinei as crianças como é que se torce por um time de verdade...hahaha...O melhor foi assistir ao jogo em um canal mexicano, neh. Ô dureza, custava minha familia ter a globo internacional..ok ok, nada de Galvão Bueno. Falando nele, aquela faixa, cala a boca galvão, deu o que falar....eu não vi aqui não, mas na internet bombou...hehehe

Bom, é isso. To aqui já com minha camiseta separada para domingo. Vou tentar ir para New Jersey, pois lá tem uma vila de brasileiros. Vixe, se eu for lá, não volto hein...rs

Saudade de uma caipirinha....que domingo me reserve este presente, ai ai ai....

Bjos a todos os meus amigos sumidos. Há um tempo nao sei deles, mas ok, deve ser a Copa...rs

sábado, 12 de junho de 2010

A impontualidade do amor!


Ah, hoje é Dia dos Namorados aí no Brasil e como eu não tenho muito o que escrever a respeito, eu vou deixar aqui um texto aos meus amigos solteiros. Martha Medeiros aqui fala sobre a impontualidade do amor. Tomara que vocês gostem deste texto e se abram para este sentimento único e que faz a gente ver a vida com mais cor!

"É tão bom morrer de amor e continuar vivendo". É bom mesmo! Hoje, estou solteira, mas meu coração não está totalmente vazio. Enquanto este sentimento não me fizer mal, ele estará aqui comigo, mesmo que só eu saiba disso! Bjos a todos e Feliz Dia dos Namorados!

A IMPONTUALIDADE DO AMOR

Você está sozinho. Você e a torcida do Flamengo. Em frente a tevê, devora dois pacotes de Doritos enquanto espera o telefone tocar. Bem que podia ser hoje, bem que podia ser agora, um amor novinho em folha.

Trimmm! É sua mãe, quem mais poderia ser? Amor nenhum faz chamadas por telepatia. Amor não atende com hora marcada. Ele pode chegar antes do esperado e encontrar você numa fase galinha, sem disposição para relacionamentos sérios. Ele passa batido e você nem aí. Ou pode chegar tarde demais e encontrar você desiludido da vida, desconfiado, cheio de olheiras. O amor dá meia-volta, volver. Por que o amor nunca chega na hora certa?

Agora, por exemplo, que você está de banho tomado e camisa jeans. Agora que você está empregado, lavou o carro e está com grana para um cinema. Agora que você pintou o apartamento, ganhou um porta-retrato e começou a gostar de jazz. Agora que você está com o coração às moscas e morrendo de frio.

O amor aparece quando menos se espera e de onde menos se imagina. Você passa uma festa inteira hipnotizado por alguém que nem lhe enxerga, e mal repara em outro alguém que só tem olhos pra você. Ou então fica arrasado porque não foi pra praia no final de semana. Toda a sua turma está lá, azarando-se uns aos outros. Sentindo-se um ET perdido na cidade grande, você busca refúgio numa locadora de vídeo, sem prever que ali mesmo, na locadora, irá encontrar a pessoa que dará sentido a sua vida. O amor é que nem tesourinha de unhas, nunca está onde a gente pensa.

O jeito é direcionar o radar para norte, sul, leste e oeste. Seu amor pode estar no corredor de um supermercado, pode estar impaciente na fila de um banco, pode estar pechinchando numa livraria, pode estar cantarolando sozinho dentro de um carro. Pode estar aqui mesmo, no computador, dando o maior mole. O amor está em todos os lugares, você que não procura direito.

A primeira lição está dada: o amor é onipresente. Agora a segunda: mas é imprevisível. Jamais espere ouvir "eu te amo" num jantar à luz de velas, no dia dos namorados. Ou receber flores logo após a primeira transa. O amor odeia clichês. Você vai ouvir "eu te amo" numa terça-feira, às quatro da tarde, depois de uma discussão, e as flores vão chegar no dia que você tirar carteira de motorista, depois de aprovado no teste de baliza. Idealizar é sofrer. Amar é surpreender.

Martha Medeiros

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Dia dos Namorados X Revolução Russa


Amanhã, é o Dia dos Namorados no Brasil. Eu, mesmo há 10 horas de distância, pensei nesta data e resolvi escrever a respeito. Não que eu tenha muito o que falar sobre isso, pois há quase três anos estou solteira - o que não significa sozinha, quero deixar bem claro..rs. Mas enfim, este dia, não sei porque, sempre me deixa com uma sensação estranha. Sinto saudades. Mas não é saudade de alguém ou de algum momento. É saudade do que não vivi.

Estar solteira é muito bom, e como é. Mas tem hora que a gente realmente pensa como seria bom ter alguém ao lado. Mas não qualquer pessoa. Eu, por exemplo, só tive dois namorados e se é uma coisa que eles me ensinaram é o que eu não quero mais pra minha vida. Hoje, sei exatamente o que quero de uma pessoa. Não é beleza, não é carinho 24 horas, tampouco flores todos os dias. O que eu quero mesmo é que esta pessoa me ame e me aceite do jeito que eu sou: de cara lavada. Hoje, confesso, não consigo me imaginar namorando. Não sei se pelas feridas que o tempo ainda não cicatrizou, se por medo ou se é porque eu realmente estou curtindo esta fase de solteira.

E por falar em solteiros, este post hoje não é dedicado aos casais apaixonados não, mas sim aos solteiros que sabem fazer deste dia uma grande festa. Quer um exemplo? Meus amigos queridos do Brasil e eu, há dois anos, transformamos o Dia dos Namorados no Dia da Revolução Russa. Juro, não sei se dia 12 é celebrada esta data, mas a gente deu o nome e pegou, pelo menos pra gente.

Ano passado, meu Deus, foi tão bom. Nos reunimos, jantamos e acabamos a noite numa balada gls, dançando e comemorando o fato de sermos solteiros, livres, mas super bem acompanhados de amigos verdadeiros.

É a vocês meus amores que eu dedico o dia 12. Queria muito estar aí para comemorar nossa solteirisse. Tomara que vocês não quebrem a tradição e saiam para bebemorar esta data, que pra gente se tornou um dia pra lá de divertido. Pra gente, ao invés de corações, temos como símbolo um grande abraço, de amigos que se conhecem há tanto tempo e que por ironia do destino se encontram ainda em 2010 encalhados..hahahaha

Enfim, que este dia seja maravilhoso. Para os que estão com o coração quentinho, desejo um dia cheio de paixão, e para os que estão com o coração morninho, desejo um dia cheio de amigos...os melhores, os quais eu sinto muita falta.

Feliz Dia da Revolução Russa para vocês! Amo Amo Amo!!!

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Pés cansados!


O título do meu post hoje é o nome de uma nova música da Sandy. Nunca fui muito fã dela, mas até que esta música é legal. Na verdade, hoje, este título traduz meu dia: estou cansada! Não do trabalho, que realmente tem sido exaustivo, tampouco do calor que está fazendo aqui em NY. Hoje, eu estou cansada das repetições.
Posso estar feliz como for, mas se tem algo que me deixa mais frágil que um copo de vidro é me sentir uma idiota. Sentir que alguém se aproveita do meu estado de espírito e do coração bom que eu sei que tenho.

Ser au pair não é fácil não. A gente engole muito sapo. Claro que as experiências compensam tudo, mas tem dia que é difícil aceitar as atitudes alheias. Tem dia que as emoções aqui se multipicam e a gente não tem pra onde correr. Sabe quando a gente discute com um chefe? Pois é, a gente se sente mal pra caramba né? Mas a diferença é que a gente discute e vai pra casa, onde podemos encontrar um ombro para chorar. Mas aqui você discute com seu chefe e dorme na casa dele, olha que ironia. Discute e tem que encarar ele na mesa do jantar e do café da manhã. E esta sensação eu posso garantir é mais que triste, chega a ser humilhante. Se eu pudesse dar um sinônimo para au pair seria atriz. Pois pisam na gente, nos fazem de idiotas, mas mesmo assim estampamos um sorriso no rosto e fingimos que está tudo bem. Bom, pelo menos eu sou assim, pois infelizmente na escola da vida eu ainda não aprendi a colocar pra fora o que eu sinto. Queria gritar, dizer "olha aqui, não me trata assim", mas toda vez que me machucam eu fico sem voz. Minha garganta tampa na hora. Meu coração se comprime, as lágrimas vêm devagar e eu me tranco em qualquer cantinho e choro.

Choro porque odeio me decepcionar com as pessoas. Choro porque há alguns anos eu venho me doando em tudo que faço e o retorno tem sido sempre menos do que eu acho que mereço. Choro porque não sei lidar com gente ruim, pobre de espirito, choro porque odeio repetições, deste tipo, é claro.

Sou forte, sou feliz, sou grata a Deus. Mas tenho pés cansados. Tem vezez que é impraticável atravessar os dias. Tem dia que a tristeza chega com força e não há muito o que fazer. Mas lembro bem, estar triste não é estar deprimida.Isso significa que eu continuo na minha vibe positiva, com toda a minha fé, acreditando que tudo vai dar certo. Só que sei ser alegre pelo que depende de mim, mas infelizmente não tenho controle do que os outros fazem comigo e tampouco de como vou sentir as "pancadas" que eu levo.

Em dois dias, meu Deus, foram tantos "tapas" que minha cabeça está até rodando. Um tabefe daqui e outro de lá do Brasil, como pode. Me magoam aqui e me magoam lá. Vai entender, né. Talvez eu me machucasse menos se minha cabeça estívesse 100% aqui. Mas quem manda eu querer viver uma vida prolixa, ora com a cabeça nos EUA e ora com a cabeça no meu país. Só podia dar nisso. Portanto, para esquecer, agora minha cabeça vai para Las Vegas, lugar em que estou planejando passar minhas férias e que se Deus quiser vai dar super certo. Só vivendo um instante de fantasia para esquecer a realidade deste dia cinzento. Mas ok, vamos que vamos...amanhã é outro dia!

Saudades dos melhores amigos do mundo! Vocês fazem falta todos os dias, mas hoje, afe maria, tá até doendo. Bjosss