quarta-feira, 28 de julho de 2010

Mas, já?


Hoje, eu estou completando quatro meses de EUA. Diferentemente dos outros posts, desta vez eu vou deixar uma diva da música popular brasileira - XUXA MENEGUEL - falar sobre meu momento..rs

Tô de bem com a vida, tô de bem com a vida,
Tô de vento em pôpa, tô de vento em pôpa,
Tô feliz pra burro, tô feliz pra burro,
Tô assim com o mundo, tô assim com o mundo (2x)

Pra estar bem da cuca, tem que ir à luta
Botar pra quebrar, não deixar parar
Tô te esperando, coração aberto
Chega mais prá perto, prá gente cantar

Se ficar de bode, você se explode
Se ficar à toa, a vida voa
Se faz corpo mole, alguém te engole
Ficar de preguiça, a vida toda enguiça
Hu!hu!

Ih! Acabou?

Não, não acabou. Tem mais oito meses pela frente. Meses estes que eu tenho fé que serão maravilhosos, únicos e inesquecíveis!

Bjos a todos!

terça-feira, 27 de julho de 2010

Mente e coração nos EUA


Quem diria, há quase quatro meses nos EUA a ficha começou a cair de que este é sim um bom lugar para se viver. Tudo depende das companhias e amizades que você encontra aqui.
Semana passada foi meu último dia de aula na Orange. Em setembro, vou para outra universidade, pois terei que estudar de manhã. Mas, o último dia de aula, me pegou de calças curtas. O coração ficou apertado, a garganta ficou seca, meus olhos encheram de lágrimas, tudo isso porque me apeguei à minha turma nestes dois meses de convivência.

Eles eram diferentes, sabe. Engraçado, cada um tinha algo especial. A Berta (peruana) por ter 60 anos e estar tentando agora aprender inglês depois de 20 anos nos EUA. O Nestor (mexicano -42 anos) por sua serenidade e gentileza. O Ricardo (Equador - mais de 40 anos) por sua paz de espírito. O Sergio(California) por ser americano e mesmo assim ter que aprender inglês. A Tati (brasileira) por ter se tornado minha fiel escudeira. O Slavki (Ucraniano) por ser doce e a cada dia mais companheiro. A professora por ser atenciosa, amistosa e acolhedora. Todos especiais e com uma característica em comum: simplicidade. Foi por isso que me identifiquei tanto com eles. Adoro gente simples de coração. Que sabe enxergar a gente além dos olhos. Eles era assim. Por isso, na despedida, eu percebi que não importa onde você esteja, você sempre tem a oportunidade de conhecer alguém especial, que te agregue, que te ensine algo, seja sobre a vida, seja sobre suas crenças, seus costumes...

Nada como o tempo para me fazer valorizar estes momentos, estas pessoas. O Guilherme, um amigo meu, disse uma vez: "Bruna, sinta, ouça e experimente tudo ai como se fosse a primeira e última vez. Você provavelmente nunca mais verá estas pessoas, estes lugares, então viva intensamente". Verdade. É muito provável que eu não vá ver mais eles e muitas das outras pessoas que estou por conhecer. Portanto, a idéia agora é ir a fundo. Quero tudo com a máxima intensidade possivel. Quero sentir as pessoas, os lugares. Quero deixar o Brasil um pouco de lado. Preciso desligar, gente. Não dos amigos e da familia, não é isso. Mas é que preciso valorizar este momento agora para ter certeza que tudo valeu a pena. Preciso que minha mente e coração estejam juntos aqui, nos EUA. Ao contrário, eu vou voltar me lamentando pelos momentos que não aproveitei, pelas pessoas que não conheci, pelos lugares que eu não enxerguei. Não é isso que eu quero. Para voltar completa para o Brasil, eu preciso viver isso aqui por inteiro. E é isso que eu vou fazer.

E pra terminar, deixo uma frase que uma amiga mais que querida me enviou hoje e que me fez refletir muito sobre meu momento aqui. Bjs a todos!

"Viajar é melhor que qualquer faculdade ou pós-graduação. É onde nos reciclamos. Conhecemos o novo e aguçamos a criatividade. Aprendemos a nos relacionar e absorver a cultura alheia. Quando for viajar lembre-se de ir de coração e mente abertos. Essa é a melhor maneira de aproveitar tudo que uma viagem pode nos oferecer. Certamente você fará verdadeiras amizades com pessoas prestativas do mais alto caráter, capazes de nos deixar boquiabertos pelo tratamento e hospitalidade. Viagens assim que deixam na memória lembranças e amigos inesquecíveis...e nos fazem refletir e repensar nossas atitudes".

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Um tempo pra mim!


Não sei se foi um presente ou se é apenas uma preparação para os oito meses que vêm pela frente. Só sei que este mês eu não estou trabalhando e estou ganhando por isso. As crianças estão na Flórida e eu estou aqui sozinha. Os pais delas só chegam à noite, então minha melhor companhia tem sido eu mesma.

Gente, estou em estado de pura plenitude. Nunca olhei tanto para dento de mim. Acordo, pego o carro e vou sem rumo, ouvindo música no ultimo volume, pensando e agradecendo a Deus por estar aqui. Tem vezez que é muito dificil atravessar os dias, mas tem vezes que tudo vale muito a pena. Hoje, por exemplo, foi uma segunda-feira atípica. Justo eu que odeio este dia, posso dizer que ele se tornou parte daqueles momentos em que vc guarda na sua caixinha de boas lembranças.

A Tati e eu passamos o dia juntas, pois ela estava off. Não fizemos nada demais, apenas fomos almoçar juntas, fomos na facul resolver umas coisas, andamos no shopping e nos vimos felizes. Sabe, quando se está londe de tudo e de todos, a gente começa a dar valor para as coisas simples da vida. Cada segundinho que a gente pode estar ao lado de alguém que nos quer bem e que a gente pode dar risada vale muito.

Eu quero aproveitar demais este mês, pois, além de estar sozinha e poder fazer tudo que tenho vontade, é julho. Ou seja, verão de quase 40 graus em NY. Sou muito abençoada. E para completar, dia 14 de agosto está chegando. Sim, são minhas férias e eu não vejo a hora de pegar o avião rumo ao desconhecido..rs. Não fechei ainda pra onde eu vou. Mas acho que até o final desta semana eu posto aqui meu destino.

E para finalizar, vou postar o trecho de uma música que estou ouvindo agora e que é uma delicia para dar uma animada. Ela se chama Pocketful of Sunshine (um bolso cheio de luz de sol) da Natasha Bedingfield. Bjos a todos!

[I got a pocket, got a pocketful of sunshine
I got a love, and I know that it's all mine, oh]
Take me away (take me away)
A secret place (a secret place)
A sweet escape(a sweet escape)
Take me away (take me away)
Take me away (take me away)
To better days (to better days)
Take me away (take me away)
A higher place (a higher place)
The sun is on my side
And take me for a ride
I smile up to the sky
I know I'll be all right

domingo, 18 de julho de 2010

José Cuervo, obrigada!


Nossa, estou quebrada. Este sábado foi bem agitado e eu posso dizer que me diverti horrores. Não só porque estou numa fase mais feliz, pra cima, em que tudo está dando certo, mas sim porque ela, junto a um limãozinho elevou meu estado de felicidade. Sim, bendita tequila! Como pode três doses serem capaz de me virar do avesso...hahhah...Sim, eu, Tati, Slavki e Simona fomos ao Torches (balada maravilhosa) e fizemos um bom esquenta. Por apenas $11 compramos uma garrafa de tequila e o que eu posso dizer é que foi uma loucura fazer isso. Saí de dentro de mim, gente. Dancei tanto, mas tanto, me diverti tanto. Foi demais!

Mas tudo na vida tem um preço, né. Querendo dançar mais do que deveria, meu joelho reclamou. Caí no chão, após minha rótula virar 180 graus. Sim, só quem sabe o que é uma dor no joelho pode entender o que eu senti. Porém, na empolgação, eu nem percebi que estava doendo tanto. Só que, hoje, quando acordei, meu Deus! Eu não tinha um joelho e sim uma bola no lugar. To morrendo de dor, mas ok, valeu a pena. E deve ter valido a pena pra quem assistiu ao meu tombo também...hahaha...mico, gente. Paguei minha cota já aqui nos EUA.

Mas valeu a pena mesmo porque estava com ótimas companhias. O Slaviki é Ucraniano é uma pessoa fantástica, que tem se tornado um bom amigo, tanto meu quanto das meninas. Simona e Tati nem preciso dizer. São minhas fiéis escudeiras e eu já não me imagino mais sem.

Enfim, uma boa dose de tequila nos reservou boas doses de risadas e diversão.

Agora, tenho que ficar mais em casa, pois to juntando din din para minhas férias. Em breve posto aqui pra onde vou...ainda não fechei o pacote, mas tudo indica que será Vegas..huhuh

E esta semana, bom, será tranquila como a última. Minhas crianças viajaram é só voltam daqui 3 semanas. Por isso, estou descansando, me cuidando, amando não ffazer nada, mas confesso que elas me fazem falta.

Vamos ver se minha opinião vai continuar a mesma quando elas voltarem, né...rs

É isso. Deixa eu ir, pois meu joelho tá reclamando de dor.

Bjos a todos e aquela saudade de sempre...cada dia maior!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Meu velho!


Engraçado, tem coisas dentro da gente que não gostamos de mexer. Sabe aquele quarto dos fundos em que você guarda suas maiores bagunças e que não entra lá, pois sabe que se mexer vai acabar achando seu passado, suas lembranças...
Hoje, eu cheguei da faculdade e mudando de um canal para o outro, eu decidi assistir Rocky IV. Eu já assisti este filme diversas vezes quando era mais nova, mas naquela época nem passava na minha cabeça o objetivo deste filme, que é mostrar o grande herói norte-americano, aquele que derrota todos, que pode tudo e que, neste filme, colocou a Russia no chão.

Mas enfim, não foi pela história e tampouco pelo rosto novinho do Stallone que eu resolvi assistir este filme, mas sim porque lembrei do quanto meu pai adorava assistir ele comigo. Nunca falei do meu pai aqui e falo pouco dele para as pessoas. Digamos que meu pai é uma ferida não cicatrizada que quando eu falo sobre dói ainda mais. Pois é, eu decidi assistir ao filme, pois de certa forma eu me senti perto dele.

Meu pai que estou falando é aquele que não é de sangue, mas que é de coração. Lembrei das tantas vezes em que eu e ele ficamos acordados de madrugada, assistindo luta-livre, fórmula 1, filmes, o que fosse. Ele dizia "menina, vc devia ter nascido homem". Eu adorava a companhia dele. No estádio de futebol, a gente fazia a festa. Mas o melhor momento não era gritar gol, mas sim comer o churrasco com pão na frente do morumbi...hahaha...(era uma delicia)...ele pedia o de pernil e eu sempre o de calabresa. Lá, somente lá no estádio, ele permitia que eu falasse palavrão e até dava risada quando me via gritando feito um homem..era engraçadíssimo.

Não sei como, mas este filme me fez recordar tanta coisa boa, me fez lembrar do meu pai com tanta saudade. Hoje, tenho 25 anos, sou formada, estou nos Estados Unidos, adoro trabalhar, sou responsável, sou honesta e sabe quem me ensinou quase tudo que eu sei? Foi ele, meu velho. Meu paizinho que eu amei e que amo tanto. É uma pena que o destino e as circustâncias da vida tenham nos distanciado. Mas o bom é saber que tenho meu quartinho dos fundos, onde eu sempre que sentir saudades posso entrar e recordar tudo que aprendi, tudo que vivi e tudo que ele me ensinou sobre a vida.

Não gente, ele não está morto. Mas ele decidiu tomar outro rumo na vida. Porém, ele deixou pegadas, muitas pegadas aqui no meu coração velho de guerra...e eu sei que quando eu estiver pronta, eu saberei onde e como encontrá-lo.

Bom, nem preciso dizer que estou me acabando em lágrimas, né. Por isso, vou parar por aqui. De repente fiquei carente e então vou aproveitar pra dizer que to com muita saudade dos meus amigos, da minha mãe e que falta pouco pra eu estar aí do ladinho de vocês.

Bjo enorme!

domingo, 11 de julho de 2010

Abraçada de longe e de perto!


"A gente não faz amigos, reconhece-os". Pois é, começo meu post hoje com esta frase de Vinícius de Moraes. A razão é simples: hoje eu quero dedicar este post aos meus grandes e queridos amigos. Aos antigos e aos mais recentes.

Ás vezes, me pergunto o que me dá forças pra estar aqui sozinha em NY. E ai em um final de semana como o que eu tive, eu vejo todas as respostas. Tenho muita sorte. De longe, recebo carinho de todos os cantinhos. De zona leste a oeste, de Santo André à Osasco, sempre tenho alguem que está olhando por mim, que quer ver meu sorriso, que se importa se eu estou bem aqui, se estou feliz, enfim. São e-mails diários de "Bru, vai lá, você consegue".Ou então é uma ligação com vídeo pelo skype, em que me dá a oportunidade de ouvir, ver e sentir estas pessoas tão incríveis que fazem parte da minha vida.

Neste sábado, poxa, me senti tão querida. Meus amigos brasucas viajaram pra praia e levaram o notebook pra falaram comigo. Pra me verem, me ouvirem e me darem certeza do quanto sou sortuda. E aqui, do outro lado do mundo, eu venho tendo a mesma sorte. Encontrei uma amiga brasuca que está me dando a maior força. Por sinal, passei o final de semana na casa dela e foi tudo de bom. Me senti acolhida, me senti feliz!

Enfim, obrigada a todos vocês que de longe ou de perto me fazem mais forte, mais segura e mais alegre. Não vou citar nomes aqui, os autores dos e-mails, das ligações, quem está ao meu lado sabe. Este post é todinho para vocês.

E só para citar mais uma coisa sobre o final de semana, poxa, fui para New Paltz, uma cidadezinha aqui perto e literalmente me acabei na balada. Gente, fazia tanto tempo que não dançava como dancei. Quem me conhece sabe o poder de uma tequila. Quatro então, vocês já podem imaginar..hahaha...nem vou comentar.

Bom, é isso. Termino meu domingo meu assustada, pois esta casa é muito grande e eu vou dormir sozinha. Pois é, a familia viajou e eu fiquei aqui alone. Mas ok, eu tenho que aprender a gostar da minha própria companhia. Este é sem dúvida um ótimo exercicio.

Bjos a todos!

domingo, 4 de julho de 2010

O Sabor da Big Apple


Final de semana embalado pelo feriado de 4 de julho (Dia da Independência Americana), muita animação e um encontro de muitos brasileiros em Manhattan. Pois é, neste sábado, eu e a Debora (au pair brasileira),fomos encontrar seus amigos de Marilia na cidade que nunca dorme. Nos duas demos muita sorte, pois pegamos um hostel fantastico, em frente ao central Park. Mas a sorte mesmo foi ter uma noite verde e amarelo. Gente, os amigos da Debora são engraçadissimos. Uma turma de quatro professores que com toda a didatica deles, nos ensinaram o que é sentir a empolgação brasileira novamente.

Eles nos presentearam com algo que eu jamais pensei que sentiria falta: sonho de valsa...hahaha...Sim, comer aquele bombom novamente me deu uma felicidade tão grande, que se os meninos soubessem, teriam cobrado. Mas enfim, falando sobre a noite, acredito que todos nos divertimos. A balada foi novamente na cobertura do hotel "something", não lembro o nome agora. Os meninos dançaram e a melhor parte da noite era ver o quanto as luzes desta cidade encantam os turistas. Os meninos estavam emocionados e, mesmo eu e a Debora que vivemos há quase uma hora de lá, também estávamos.

Foi uma noite bem legal e meio louca. Não porque conhecemos uma californiana que estava praticamente querendo fazer uma troca de casal entre ela, seu namorado e todos nós que estávamos ali. Não, o que eu achei insane nesta noite foi eu mesma. Gente, como é que pode eu estar em Manhattan, numa super balada, com amigos brasileiros e mesmo assim perceber que minha cabeça estava há quilômetros de distância. Me fechei um pouco, muitas vezes fiquei sozinha e me peguei pensando em coisas que não faziam parte daquele lugar.

Enfim, percebi que meu corpo e cabeça ainda não estão andando juntos. Ora aqui, ora lá...To esperando o momento em que vou me sentir 100% nos EUA...prometo escrever aqui quando isso acontecer.

Para finalizar o final de semana, eu e a Debora acordamos, andamos no central Park, depois fomos na 5 avenida, onde percebemos o quanto somos pobres..hahaha...e por fim almoçamos naquele ilustre restaurante "Mc Donald´s", lugar em que nos rendeu uma boa conversa e muitas lagrimas. Mas esta já é uma outra pauta.

Ah, e agora na TV esta acontecendo a queima de fogos ao vivo, em comemoração ao Dia da Independência. Mais de 30 minutos de fogos. Se é uma coisa que me admira neste País, é o patriotismo. O Brasil, neste quesito, tem muito o que aprender com eles.

Bom, por hoje é só. Quero apenas deixar um recado para uma menina linda e especial: estamos neste barco juntas, Debora, e tenho certeza que tempestade nenhuma vai deixar ele virar. Dias de sol é o que merecemos e teremos. Bjos, amei nosso findi e te adoro!

Bjos aos meus amigos brasucas também. Amo vcs!