quinta-feira, 27 de maio de 2010

Como eu parei aqui...


É, estou completando dois meses na Terra do Tio Sam. Meus Deus, como o tempo passa rápido. Parece que foi ontem que eu estava em um bar com minha ex-chefe e amiga, Aninha, quando ela me disse: "Bruna, vai ser Au Pair, você pode, o programa é acessível e ele vai mudar a sua vida". Verdade. Este programa tem sido uma revolução. Cheguei aqui como um bebê que mal engatinhava. Tinha medo de tudo: de dirigir, de falar inglês, de ligar a máquina de lavar, de não ser querida. E, agora, eu procuro estes medos e percebo que eles já foram embora. Cresci, já estou andando, ainda me seguro um pouco pra não cair, ora no ombro de um amigo, ora em ligações e e-mails de madrugada, mas consigo me virar já.

Ah, que delícia perceber que deu tudo tão certo e que tudo melhorou. Cheguei aqui com síndrome de princesa pobre. Uma menina que nunca teve luxo, mas que nunca precisou fazer nada, que sempre ficou em baixo da saia da mãe. Nunca precisei lavar, cozinhar, passar, nada. E agora eu me vejo aqui fazendo a cada dia uma comida diferente; me vejo cuidando das minhas coisas, me vejo cuidando de mim.

E o que é morar em Nova York. É um mix de sensações. Eu no começo só enxergava a frieza das pessoas, mas agora vejo tudo de uma outra forma. Dou valor aos canais de TV que assisto e que no Brasil eu tinha que pagar pra ver. Dou valor quando pago 1 dolar no Mc duplo, dou valor quando sinto aquele vento gelado que só esta cidade tem ou mesmo quando vejo um onibus escolar ser tão respeitado, a ponto de jamais e em hipótese alguma poder ser ultrapassado.

Enfim, me sinto praticamente adaptada. Não em casa, pois meu lar é insubstituível. Mas me sinto na casa de um conhecido pelo menos. Poxa, que demais perceber que o tempo realmente é o melhor remédio. Que se ele não cura, pelo menos tira o incurável do centro das atenções (Martha Medeiros). To feliz por estar aqui há mais de 60 dias e por saber que tenho mais 300 to enjoy.

Se eu pudesse escolher uma palavra para simplificar este tempo que estou aqui, escolheria ENCONTRO. Sim, pois aqui estou me encontrando, me conhecendo novamente e fazendo as pazes comigo, pois há muito tempo eu me sentia perdida. Mas agora, poxa, parece que meu GPS interno voltou a funcionar. Hoje, sei porque vim parar aqui: melhorar meu inglês, conhecer muita gente e lugares diferentes, mas, acima de tudo, vim para crescer, para aprender a andar com meus pés. Não quero mais rodinhas,em dois meses eu já posso realmente me equilibrar e andar sozinha. Sozinha, eu digo, sem medo. Não sem meus amigos e familia que me amparam e me ajudam a andar com mais firmeza e segurança.

Bom, deixa eu dar uma pausa. Ah, ficarei ausente este final de semana. Estou indo para Niagaras Fall...estarei entre NY e Canadá e acho que vai ser bem legal. Pra quem lembra das cataratas em que o picapau desceu de barril, pois é, estarei lá..rsss

Bjos a todos!

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Alguma coisa mudou aqui dentro!



Abraham Lincoln tem uma frase que diz "Quase sempre a maior ou menor felicidade depende do grau de decisão de ser feliz". Pois é, depois de muito bater a minha cabeça em dúvidas, anseios, angústias e muita saudade de tudo que deixei no Brasil, eu resolvi olhar o meu presente e ser feliz. Não sei dizer o que aconteceu, mas estou feliz, muito. Uma felicidade ora sem motivos, ora com imensas razões. Cheguei à conclusão que tenho 10 meses apenas para aproveitar tudo isso aqui. Liberdade, pessoas diferentes, uma nova língua, descobertas, um sol maravilhoso de primavera e novos amigos também, que não substituem ninguém, pois não tenho amigos substituíveis, mas que são pessoas que vieram pra deixar meus dias mais leves e alegres.

Meu post hoje é dedicado à felicidade. Diz o livro segredo que a nossa mente tem muito poder. Posso dizer, tem mesmo. Estou mentalizando todos os dias o quanto sou abençoada, o quanto mereço ser feliz e tudo tem culminado para isso.

Tenho tentando enxergar as coisas boas em estar aqui e não só o lado vazio do copo. Nossa, minha amiga Ana Cristina vai até ficar orgulhosa em ler isso. Parece que quatro anos de terapia corporativa x terapia amiga finalmente fizeram efeito. Sim, estou plena. Tenho a melhor mãe do mundo, amigos que não têm preço e uma vida digna de novela mexicana, mas que vai ter um super final feliz, pois está tudo nas minhas mãos. Tudo mudou a partir do momento que eu resolvi mudar aqui dentro. Hoje, quero encarar estes 300 dias que vêm pela frente como as mais merecidas férias. Aquela em que eu curto cada momento, lugar, sensação, cheiro, gosto....

Enfim, falei tanto que 2010 é meu ano e pelo visto ele começou agora. Não amigos, não estou apaixonada, não conheci ninguém, mas encontrei sozinha uma fórmula pra encarar meus problemas como aprendizado, crescimento e muito amadurecimento.

A Bruna de hoje já não é mais a que estava no Brasil. Dois meses parece pouco, mas pra mim, poxa, é muito. Vejo muita coisa por outro ângulo e valorizo demais as coisas simples. Se você não vê muita graça em um café com um amigo na starbucks, mude seus conceitos. Este momento é especial e deve sim ser valorizado, assim como tantos outros que a gente nem se dá conta.

Enfim, elevei meu grau de ser feliz. Hoje, quero apenas agradecer a Deus. Não vou reclamar, talvez quando chegar a TPM eu chore, veja tudo com menos cor, mas no geral eu sei que vou continuar nesta vibe, pois só assim tudo isso aqui vai valer a pena.

Bom, vou indo que acabou a aula de karatê do LJ. Bjos a todos os meus amigos lindos do Brasil. Amo vocês!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Segunda-feira


É engraçado, mas acho que eu nunca conheci alguém que gostasse da segunda-feira. Este dia traz consigo um sentimento de "acabou a fantasia". A sensação é que depois de um sonho bom você tem que acordar e encarar a realidade, que nem sempre é tão boa assim. Eu, por exemplo, depois de um final de semana maravilhoso, acordei meio mal-humorada. Parafraseando minha amiga Cinthia, eu queria um final de semana de três dias, ou quem sabe quatro...rs. Só sei que segunda tem cara de dia frio, cor cinza e gosto azedo. Por isso, bora falar do meu final de semana, pois este sim foi colorido, doce, legal e cheio de coisa boa.

A turma está formada. Um pequeno grupo de quatro brasileiros, incluindo a minha pessoa e mais três latinas, divididas entre Chile, Panamá e Colômbia. Neste final de semana, nos divertimos muito. Na sexta, eu, Tati, Simona e outros amigos fomos para New Paltz, uma cidade universítária...O lugar é uma delícia, o bar era super legal, mas a banda né, esta sim não estava no clima. Brochei, pois estava esperando tanto da sexta, achei que ia me divertir tanto. Mas tudo bem, tudo estava guardado para sábado.

Ah, todo mundo espera alguma coisa de um sábado à noite. Porém, eu não estava esperando nada, viu. Talvez, por isso, tenha sido tão bom. A turma toda foi para o Blue Martini. Antes, jantamos em um restaurante que quase ninguém conhece, super caro por sinal: McDonald´s...rs. Sim, demos olá à vida gorda e de lá fizemos um esquenta e fomos mexer o esqueleto. A noite foi marcada pela palavra romance. Simona (by Chile) conheceu melhor meu amigo brasleiro (Eduardo). Tati falou um how you're doing para um rapaz e de lá não a vi mais...hahaha. Já eu, bom, como posso dizer, me diverti um pouquinho, pois a música estava muito boa...rs

Além da palavra romance a noite também foi repleta de novas amizades. Eu, Stephani e Jasmiz conhecemos um grupo de meninos Nova Yorquinos. Nossa, eles eram tão legais que nem pareciam daqui. Bem-humorados, bonitos, enfim, a sintonia foi tão forte que fomos com eles e um grupo de meninas para a casa do Tommie, onde estava rolando outra festa. Gente, eu nunca vi uma mansão daquelas na minha vida. Coisa de filme mesmo. Ursos, cabeças de animais na parede de uma das 30 salas que tinha lá, uma piscina aquecida maior que a casa que eu moro e uma sala de jogos que tinha até uma máquina de coca-cola...rss... Ah, adorei. Adorei as surpresas que marcaram este dia, as pessoas que conhecemos e tudo que senti. Ah, apenas para não deixar de fora deste post, adorei conhecer o Jhon. Um rapaz muito legal que foi para a Marinha neste domingo e que só volta em agosto. Bom, se ele voltar em agosto, eu falo mais sobre ele.

Ah, e para fechar o final de semana, neste domingo saí com a Maia (Argentina) e nós passamos o dia fora, conhecendo várias outlets. Pra completar, nos esbaldamos em um restaurante chinês e eu voltei para casa com dois kilos a mais....rs. Isso porque eu ainda fui tomar sorvete com a familia e terminei a noite tomando um café com a Tati no Dunkin Donuts. Ufa, quanta coisa, mas valeu demais. Ainda bem que o próximo final de semana já está ai, pois esta chata da segunda-feira já está dando adeus e se colocando no lugar dela. Mas fazer o que né, semana que vem ela está de volta. Podia voltar com mais cor, né querida...rs

Ah, e para não dizerem que só posto foto de balada aqui, segue uma fotinho das crianças tomando sorvete comigo neste domingo. Olha a cara do LJ, adoro!

Bjs a todos que tiveram paciência de ler até aqui e uma ótima semana pra gente!

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Me dá colo?


Ás coisas são engraçadas. No Brasil, eu nunca fiquei gripada e se fiquei foi uma ou duas vezes. Digo gripe mesmo, daquelas de deixar você de cama, com febre, baratinada, sem rumo, com dor nas costas, etc. Porém, eis que estou eu aqui na terra do Tio Sam e, claro, eu tinha que ficar gripada. Mas não é uma gripe qualquer não, tá. É uma gripe acompanhada de um sentimento chamado "quero colo".

Ficar donte no Brasil era tão mais fácil. Vinha mãe, sobrinho, amigos, enfim, alguém aparecia pra te dar um remedinho, um abraço ou um cafuné. Éh, só que aqui ficar doente parece que dói mais. Espirro, sinto dor nas costas, não durmo a noite e nada acontece. Ninguém bate na minha porta para saber se eu estou bem. Ninguém quer me dar um abraço por ver minha cara de chorona por não aguentar mais espirrar. Ninguém percebe o que eu sinto. Seja por sintoma de uma gripe ou pela nostalgia, ninguém sabe o que passa aqui dentro de mim.

E como é dificil lidar com isso, viu. No meu quarto, eu penso, quanta coisa simples a gente não dá valor quando tem bem pertinho. Um colo é um ótimo exemplo. Quantas vezes você tem sua mãe, pai, avó ou avõ bem pertinho de você e sem perceber você passa semanas sem ao menos dar um beijo, um abraço, um cheiro. Ah, gente, não faz isso não. Se é uma coisa que eu tenho aprendido nesta terra de gente de coração gelado é que a felicidade se encontra no calor humano. Não é casa, carro de luxo, dinheiro e afins que fazem você se sentir pleno, mas sim as pessoas que você ama e que estão por perto.

Hoje, eu só queria o colo da minha mãe. Queria ouvir ela dizer: "amanhã você vai estar melhor, toma esta chá e vá deitar". Mas como não tenho ninguém aqui por mim, eu vou tomar um Tylenol Cold, um chazinho feito por mim e vou apagar as luzes e dormir. Se o remédio vai fazer efeito para a gripe? Claro que sim. Mas o sentimento de "quero colo", ah este vai ficar para depois. Aqui eles ainda têm muito o que aprender sobre sintomas do coração. Sentimento aqui, pelo menos onde estou, ainda é algo meio que trancado a sete chaves. Qual o segredo, ainda não descobri. Mas acho que em um ano eu faço este gelo todo derreter, ah se faço...rs.

Tomara apenas que eu não encontre calor humano só em 2011 quando voltar ao Brasil. Poxa vida, o que custa encontrar um colinho americano pra me fazer feliz...rs. Aposto que eu ficaria bem rapidinho, pois vamos combinar, quem não gosta de carinho, hein? Eu adoro, estou à procura e informo quando encontrar..rs

Por falar em colo, abraça sua mãe, amigo, cachorro, o que for, e dê muito valor a isso. Tenha certeza, este abraço é o que vale a pena e que ajuda a curar qualquer dor que você possa sentir.

Bjos a todos os meus amigos que eu amo e pra minha familia linda.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Brasileiro é brasileiro!


Depois de uma semana insana, Deus me abençoou com um final de semana maravilhoso. De disco cruise a um passeio fora da cidade, eu me diverti muito e senti que o sol voltou a brilhar pra mim.

No sábado, fui ao disco cruise...um cruzeiro para au-pairs e simpatizantes em que música e bebida andavam lado a lado...Cruzeiro não é extamente o nome correto para chamar este evento, pois estava eu esperando um super navio, quando chega um barquinho de 3 andares...hahaha...ri muito, mas valeu, por 15 dolares tudo vale a pena.

Enfim, me diverti horrores. Não apenas pela música, que por sinal estava muito boa, tampouco pela bebida, pois fiquei no suco de laranja. O que fez meu dia ser pra lá de divertido foi encontrar brasileiras naquele lugar. Gente, vamos falar sério, dentre todas as culturas, a nossa é a única que sabe se divertir até a última gota sem precisar de álcool pra isso..hehehe...Eu e a Débora, menina doce e fofa que eu havia conhecido no treinamento, dançamos o tempo todo, tiramos milhares de fotos e rimos de tudo...pra gente aquilo era uma festa...e era mesmo.´Só faltou garotos neh, nem que fosse como colirio...mas não, o lugar só tinha mulher mesmo...ok ok, nos divertimos mesmo assim.

O cruzeiro acabou quase onze da noite e então fomos a caminho da Timesquare...andando? não. Fomos de limosine...aaaaaa, que emoção. Sim, por apenas cinco dolares de cada uma das meninas, a gente se esbaldou nas ruas de NYC, pagando de gatinhas...hahaha..foi hilario, mas valeu bem a pena.

Já o domingo também foi muito bom. Mais uma vez, por quê? Porque eu estava com dois brasileiros maravilhosos. Tati, menina da minha sala na universidade, e Paulo, amigo dela...gente, estes dois me fizeram rir tanto neste domingo que minha barriga até dói. Fizemos um programinha light..fomos comer comida mexicana e depois fomos tomar vinho no Fridays, pois o clima estava pra lá de propício....Jogamos conversa fora e chegamos à conclusão. Falar inglês é bom. Conhecer gente de outras culturas também. Mas falar português e estar na companhia dos nossos amigos brasucas não tem preço...delícia!

Agora, já é segunda e eu to aqui torcendo para que esta semana seja melhor...acredito que dia após dias tudo vá se encaixando. To com muita fé que este ano continua sendo meu e que eu ainda vou ter momentos maravilhosos aqui.

Bjos e saudades de todos os meus amigos brasucas que estão no Brasil! Amo vocês!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Primeiro dia de aula!


Realizada! É assim que me senti nesta terça-feira, no meu primeiro dia de aula. Não é porque a universidade é grande, porque tem gente do mundo inteiro ou porque minha sala é super legal. Não! É porque eu me senti livre...ai, me vi pegar o carro à noite, sozinha, na estrada e ir para um lugar desconhecido, em que eu conheci gente do México, Ucrania, El Salvador, California, Brasil...iup...e Tailandia.

Sim, este é o time que encontrei na minha sala. São pessoas bem legais...tem gente de 40 anos, mas também tem gente de 20..uma mistura só. Estou fazendo ESL for Academic Purposes...um curso avançado de inglês como segunda lingua, em que a gente lê varios textos sobre psicologia, comportamento humano, etc e discute em sala...uma delicia. Eu que nem gosto de falar, imagina se fiquei quieta...rs..jamais....falei até pelos cotovelos...hahah...mas é bom...minha lingua esta desenrolando e isso me deixa super feliz, pois cada dia aprendo uma coisa nova.

Minha universidade é esta da foto, Suny Orange. Pra chegar lá eu demoro 15 min de carro...a vista é uma delicia e ela é brm em frente às baladas que eu adoro ir...ainda bem que minhas aulas são só de terça e quinta-feira..senão, só jesus....hehehe...mas nada como a Casper Libero e meus amigos de lá...fala sério, sem comparação...mas ok, é o que temos pra hoje...hehehe

Bom, to super empolgada e com fé de que vou aprender bastante. Afinal, foi pra isso que eu vim pra cá. To feliz e acho que as aulas, as pessoas e esta liberdade sem tamanho vão me fazer um bem danado...

Bjinhos a todos! Até a proxima!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Procura-se!


Para quem leu meu post "o que aconteceu na noite passada" deve lembrar que eu perdi a memória e não sei o que aconteceu horas depois que dancei com o moço desta foto. A única pessoa que sabe o que aconteceu é ele mesmo. Ele atende pelo nome Doug, é Nova Yorquino e tem 27 anos. Tem uma irmã, estuda Finanças e, bom, acho que só lembro até este ponto...de resto nao sei mais nada.

Ele tem carinha de anjo e pelo que eu me lembre ele era um doce de pessoa...mas ele pode ter sido o culpado pelo meu piripaque. Se ele colocou algo em minha bebida, eu não sei, só sei que procuro este individuo! Seja pelas respostas que eu quero ter, seja pela satisfação ou mesmo por este sorriso...ai que menino fofo...hahahaha

Enfim, eu sei que não aconteceu nada demais, minhas amigas estavam lá e viram tudo. Mas eu quero saber que horas apaguei, o que aconteceu e porque ele nao pegou o raio do meu telefone...hahaha...disso eu lembro, ele bem que quis, mas eu tava tão mal que nem sabia onde tinha colocado o raio do aparelho...bom, eu deveria ter pensando o óbvio, dentro da bolsa, Bruna, mas cadê que o cérebro estava funcionando....rs

Nossa, to falando muito sobre esta balada, pois fiquei muito intrigada. Ja tive perda de memória, tipo, flashes, nao lembrar tudo, mas ter em mente mais ou menos o que aconteceu...mas esta noite simplesmente se apagou. Por isso, quero encontrar o Doug..ele detém algo meu que é super importante..a minha memória, as lembranças daquele dia....e isso pertence a mim e eu quero de volta...hahaha

Ps: tudo isso foi bom para eu ter certeza de que sozinha em NY não devo confiar em ninguém. Isso vale para todas as minhas amigas au pairs. Meninas, estamos carentes sim de amigos, mas não se deixem levar por qualquer sorriso...recado dado.

Ps2: sim, estou com cara de bêbada nesta foto...como diz meu amigo Rafael, com cara de pobre...hahaha...me perdoem, mas é a única que tirei com o individuo...hehehe

Bjos a todos que estão me acompanhando por aqui..

domingo, 9 de maio de 2010

Mãe, de longe eu te sinto, eu te sei, eu te amo!

Eu poderia dizer aqui que minha mãe é especial, que ela é linda, doce, meiga, batalhadora, guerreira, forte, maravilhosa, maezona, querida, enfim....poderia enumerar as tantas qualidades desta mulher de quase 54 anos, que dribla os problemas da vida como ninguém, que sempre dá a volta por cima e que me ensina o que é ser gente de verdade. Mas diante de tantas qualidades e diante desta distância qúe só aumenta a minha saudade e a certeza do quanto pertencemos uma a outra, eu preferi resumir e dizer:

Mãe, obrigada! Obrigada por ser minha mãe. Por me provar todos os dias o quanto fui abençoada por ter sido escolhida por Deus pra ser sua filha. Você é minha base, é você quem me dá forças e que me faz enxergar o mundo com mais beleza. Sou sua fã incondicional e não há nada neste mundo que nos deixe separadas, nem mesmo esta distância. Dizer Feliz Dia das Mães pra você é uma ironia, pois na verdade este dia é seu duranto o ano inteiro...mas vale ressaltar neste domingo que você é a pessoa que eu mais amo na vida, e que eu quero a sua felicidade acima de qualquer coisa. Pra sempre estarei do seu ladinho, mesmo que as vezes seja por telefone ou pensamento. Você merece tudo de mais maravilhoso meu amor, não só hoje, mas sempre. Lembre-se: De longe eu te sinto, eu te sei, eu te amo!

Feliz Dia das Mães!
Com amor!
Bruna
<>

sábado, 8 de maio de 2010

O que aconteceu na noite passada?


Você sabe o que aconteceu nesta sexta-feira? Pois é, eu também não. To aqui forçando a minha memória pra tentar lembrar como cheguei em casa, quando saí da balada, o que aconteceu na balada, enfim...tive uma perda de memória recente e não sei porque.

Na verdade tenho algumas hipóteses. Sim, bebi demais. Meu Deus do céu, tomei dois drinks chamados New Yorkers e eles foram suficientes pra me deixar feliz, saltitante e com uma mega dor de cabeça neste sábado.

Mas o que me intriga é a perda de memória. Não sei o que aconteceu na noite passada. Não me lembro de detalhes, de como fui pro carro, de como cheguei em casa. Só sei que estava conversando com um rapaz, muito interessante por sinal, e nós dançamos, nos divertimos e sentamos...a partir daí esqueci...é como se algumas horas da minha vida tivessem sido apagadas pra sempre...

A segunda hipótese é que o cara pode ter colocado algo em minha bebida. Isso me assusta bastante, pois eu não consigo pensar na possibilidade de conhecer alguém com tão más intenções. Não sei. Ele parecia ser do bem, mas como dizem minhas amigas latinas, ele era simpático demais. Queria eu lembrar disso, pois só me recordo mesmo do nome dele...não sei o que aconteceu naquele lugar. Me sinto como se tivesse entrado numa sala para fazer endoscopia e saisse de lá assim sem saber o que o médico fez. Ainda bem que eu estava rodeada de amigas legais que cuidaram de mim e observaram tudo...elas viram o que eu não vi, sentiram o que eu não senti e sabem de coisas que eu não sei. Como assim? Eu perdi o controle da minha própria vida durante algumas horas...apaguei.

Bendito segurança que me viu na mesa praticamente desmaiada. O que aconteceu antes do desmaio e como eu apaguei, eu não sei. Tenho que acreditar na versão das meninas. Poxa, a noite estava tão legal. Queria tanto lembrar os detalhes, mas infelizmente não lembro...e se eu lembrasse, pelo que elas disseram, eu acho que não poderia postar tudo aqui...rss....calma mãe, não perdi o juízo, só me diverti além da conta..rs

Bjos a todos e hoje tem mais balada. Jesus!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Seu teclado tem emoção?


Hoje, li muitas crônicas. Pois é, esta é uma das minhas paixões. Passar horas na frente do computador lendo os textos dos meus autores prediletos: Martha Medeiros, Clarice Lispector, Fernando Pessoa e Mario Quintana. Durante a leitura, uma crônica me chamou muito a atenção, pois ela veio ao encontro de algo que me atormenta muito: a forma que escrevemos algo por e-mail, msn, etc e como a pessoa do outro lado interpreta isso.

Ontem à noite, me peguei escrevendo sobre "tomates" e a pessoa entendeu "abobrinha", só podia dar briga, neh. Pois é, eu fiquei frustrada porque um amigo não entendeu como eu precisava conversar com ele naquele momento e como eu queria a opinião dele sobre o assunto. Mas coitado, ele ao ver minhas meias palavras não sabia realmente a emoção que elas carregavam. Ele não sabia que eu estava pra baixo, que estava carente e me sentindo sozinha....é por isso que o texto abaixo me chamou tanto a atenção, porque ele nos faz refletir sobre estas mensagens virtuais.

A gente substitui tanto hoje um telefonema, um contato pessoal por meia dúzia de palavras e nem sempre nos expressamos da melhor forma. O problema é que a gente cobra que o outro leia não apenas o que escrevemos, mas nosso pensamento e nosso sentimento naquele momento. Aí é que a confusão começa, pois isso é complicado demais...Bem, deixa eu abrir espaço para Martha Medeiros, pois ela sabe explicar melhor do que eu a emoção que o teclado não carrega. Se tiver um tempo, leia. Vale a pena!

"Fui absolutamente rendida pelo poder das relações virtuais. Acredito que é possível conhecer alguém por e-mail, se apaixonar por e-mail, odiar por e-mail, tudo isso sem jamais ter visto a pessoa. As palavras escritas no computador podem muito. Mas nem sempre enxergam a verdade.

São sete horas de uma manhã chuvosa. Você não dormiu bem à noite. Põe pra tocar um som instrumental que deixa suas emoções à flor da pele. Vai para o computador e começa a escrever para alguém especial as coisas mais íntimas que lhe passam no coração. Chora. Escreve. Olha para a chuva. Escreve mais um pouco. Envia.
São onze horas da noite deste mesmo dia. O destinatário da sua mensagem está dando uma festa. Todo mundo fala alto, ri muito, rola a maior sonzeira. Ele pega uma cerveja e dá uma escapada até o computador. Abre o correio. Está lá a mensagem. Um texto longo que ele lê com pressa. Destaca algumas palavras: "a saudade é tanta... sozinha demais... dividir o que sinto..." Papo brabo. Responderá amanhã. Deleta.

Alguém pode escrever com raiva, escrever com dor, escrever com ironia, escrever com dificuldade, escrever debochando, escrever apressado, escrever na obrigação, escrever com segundas intenções. Nada disso chegará no outro lado da tela: a pressa, a hesitação, a tristeza. As palavras chegarão desacompanhadas. Será preciso confiar no talento do remetente em passar emoção junto de cada frase. Como pouquíssimas pessoas têm esse dom, uma mensagem sensível poderá ser confundida com secura, tudo porque faltou um par de olhos, faltou um tom de voz.

Se você passou a desprezar alguém, pode escrever "não quero mais te ver". Se você ama muito alguém, mas a falta de sintonia lhe vem machucando, pode escrever "não quero mais te ver". Uma mesma frase e duas mensagens diferentes. Palavras são apenas resumos dos nossos sentimentos profundos, sentimentos que para serem explanados precisam mais do que um sujeito, um verbo e um predicado. Precisam de toque, visão, audição. Amor virtual é legal, mas o teclado ainda não dá conta de certas sutilezas.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Colorblind


Hoje, me senti assim, daltonica (em inglês - colorblind)...não é que eu não enxergue o verde e o vermelho, é que hoje enxerguei tudo diferente...Passei o dia pensando, refletindo sobre tudo...sobre minha vida no Brasil e sobre os onze meses que estão pela frente...queria tanto viver o momento presente, sabe...mas tem dia que só me pego pensando no passado e no futuro e quando vejo o momento presente passou, se foi, escorreu pelas minhas mãos...

Estar aqui é tão bom, eu tenho momentos tão bacanas, mas mesmo assim tem dias que eu sinto uma solidão enorme...Eu não sei se você sabe, mas solidão é assim, ela não pede licença, chega, entra e se hospeda sem ao menos perguntar se é bem-vinda. E ai quem paga o parto são as redes sociais. De facebook a twitter, eu to sempre lá, enviando um oi, esperando um olá, um "I miss you". Mas o problema é que ás vezes eu aperto o F5 e nada acontece...nada no inbox, tampouco no mural...Bate um desespero...foi ai que percebi que a solidão não veio sozinha. Ela trouxe com ela um sentimento apresentando pela minha amiga Ana Cristina, que se chama labirintite...uma espécie de terremoto interno, em que a crise de existência se faz presente...

Foi ai que me peguei pensando se meus amigos vão lembrar de mim daqui um ano, se eu vou conseguir um novo emprego, se estarei mais magra ou mais gordinha, se aqueles garotos que me achavam interessante ainda vão dar o ar da graça. Enfim, enxerguei tudo embassado...E neste momento eu chorei...chorei muito e não consegui nem ao menos enganar uma das crianças de que eu estava resfriada...ela percebeu minha tristeza e para não me constranger, ela ficou quietinha, sentada ao meu lado...

Este sentimento é super comum quando estou na TPM. Porém, o que me assusta é que não estou nesta semana. Por isso, resolvi procurar um oculista...preciso voltar a enxergar tudo mais colorido...preciso ver com exatidão cada cor primária e secundária da minha vida aqui...Já até sei qual colirio ele vai me passar: a minha fé. Com certeza, é ela que pode deixar tudo mais claro e com sentido pra mim...é ela que vai fazer eu conseguir atravessar estes dias de uma forma mais tranquila e feliz. É ela que vai me fazer enxergar que tenho a melhor familia e os melhores amigos do mundo esperando por mim e que...ops, acabo de apertar o F5 e dois novos e-mails chegaram aqui. Remetentes: Aninha e Danilo.

Bom, vou responder agora mesmo, pois estes dois sabem curar meu daltonismo rapidinho, deixando meu dia sempre mais cor de rosa...Se eles são meu colírio também, sim...Minha fé, amigos e familia são sempre o meu melhor remédio e pra não sofrer deste mal novamente, vou aumentar a dose de presença deles no meu dia-a-dia...se o F5 não funcionar, não tem problema, eu aperto outra vez...e se não funcionar novamente, poxa, tenho certeza que vai ter uma "luzinha" no skype ou msn chamando por mim...

Nossa, ja to vendo uma corzinha aqui...rs
Saudades de todos, como sempre!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Até a última gota!


É, foi assim que eu me diverti neste final de semana, até a última gota. Para comemorar o niver da Dau, fui pra Manhattan. Lá, ficamos eu, ela, a Tammy e a Hola...Passamos duas noites na cidade que nunca dorme...pra variar, não dormimos também. Alugamos um ap do ladinho da Time Square e isso rendeu pra gente momentos inesquecíveis.

Da Time Square ao Central Park, eu me diverti como nunca. Descobri lugares lindos, me apaixonei por cada esquina, loja ou outdoor e me joguei na balada..rs...Sim, se extravasar é um verbo de muita intensidade, foi isso mesmo que eu fiz...Não tenho nem palavras para descrever o clima da balada que fomos na sexta e no sábado, só sei que aquela cobertura de hotel viu au pairs da Alemanha, Brasil, Ucrania, Africa do Sul, etc se divertirem como nunca, como se depois deste final de semana NYC fosse acabar...curtimos cada música, cada batida, cada drink, cada olhar trocado no meio do corredor...falando em olhar, conheci...ops...melhor não falar aqui, deixa isso guardado em Manhattan mesmo...rss..enfim, conhecemos bons e diferentes amigos e reencontramos tantos outros do treinamento...nos esbaldamos....Eu me senti tão feliz que às vezes achava que estava sonhando...e estava mesmo....NYC é um sonho...é tudo muito mágico, muito maluco, muito diferente e estar ali com uma amiga brasuca curtindo cada momentinho não teve preço.

Amei demais...conheci muita coisa, brinquei como criança na Toy R Us, me diverti demais no museu de cera, desejei todos os chocolates da MM's Store, me senti princesa na Mac, onde tive que comprar um batom lindo, me encatei com a Macys, entrei no clima desta cidade e quero morar lá pra sempre....rs..eu digo lá, pois por mais que eu esteja em NY, Manhattan é outra coisa...estou numa cidade pequena, e todo mundo sabe, eu sou metropole, não calmaria...gosto mesmo é de ver gente, muita gente, gosto de sentir as pessoas, as sensações que só uma cidade grande permite..enfim, gosto de me sentir plena e foi assim que me senti neste final de semana.

Agradecer, nossa, tenho muito que fazer isso...agradecer a Deus, pois tudo que estou vivendo aqui não tem preço...cada dia mais feliz, cada dia mais realizada...

Amo muito tudo isso...e se me permitem, viva a Londres...Dau, acho que isto você entende...hahahaha

Pra terminar, nada melhor do que o trecho da música do Jay-Z...ela traduz tudo!

In New York,
Concrete jungle where dreams are made of,
Theres nothing you can’t do,
Now you’re in New York,
These streets will make you feel brand new,
The lights will inspire you,
Lets here it for New York, New York, New York