terça-feira, 30 de novembro de 2010

Bora agradecer!


Nossa, hoje escrevendo aqui eu senti até um aperto no peito. Quanto tempo não paro pra escrever sobre mim e sobre tudo que estou vivendo.

É amigos, me sinto em stand by. Não consigo muito raciocinar sobre tudo que está acontecendo, ando me sentindo um pouco perdida. O que me ajuda é minha fé, que como sempre é inabalável. Ela me guia e sempre me mostra qual caminho seguir.

Como estava em um momento de decisão (voltar para o Brasil ou extender o programa), eu me fechei em meu próprio mundo de Poliana. Não sei se tomei a decisão correta, mas eu já sei o que farei. Não vou postar aqui ainda, pois quero que minha mãe saiba antes de todo mundo, mas posso dizer que me sinto segura e sei que esta escolha foi a mais correta, pelo menos neste momento.

Mas quero falar hoje de coisas boas, e o Thanksgiving é um ótimo começo. Esta data que para os americanos é super importante, pra mim foi um momento de reflexão. Como é bom ter familia, né. Me vi rodeada de tanta gente, de tanta comida (olha meu prato na foto), de tanto estado de graça, pois esta data propõe que a gente agradeça por tudo que temos e vivemos. Enfim, mesmo diante de tudo isso, eu me senti muito só. Senti falta da minha familia, que é bem pequena por sinal, mas que me faz uma falta danada. Minha mãe, minha irmã e meus sobrinhos. Somos apenas 6, mas valemos por 1000. Por isso, eu agradeço a Deus por me dar a honra de fazer parte da minha pequena e linda familia. Ter uma mãe como a minha significa que antes de vir à terra, Deus me abençoou e muito. Então, eu só tenho que dizer obrigada Deus e obrigada vida.

E por falar em agradecer, completei oito meses aqui no dia 28. São tantas coisas boas que me aconteceram, que eu ficaria aqui o ano todo agradecendo. Mas, para resumir, eu digo: obrigada vida por me ensinar, me levantar quando eu caio, me sacudir quando eu estou parada e por respeitar este meu momento de instrospecção, que não significa infelicidade, mas sim um tempo para mim e para os meus sentimentos.
Muita coisa aconteceu e anda acontecendo comigo, mas eu sei que tudo tem um porque. Minha força vai vir a partir de tudo que estou vivendo.

Pra fechar meu post de hoje, quero dizer que estou morrendo de saudades de todos os meus amigos queridos do Brasil. Obrigada aos que direta ou indiretamente tornaram o aniversário da minha mãe mais feliz. Amo vocês.
Bjos e até a próxima!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A Bruna vai bem!


É, eu sei, ando meio sumida. Há um bom tempo não venho aqui falar do que anda acontecendo em minha louca e amada vida. Entrei em recesso, sim, recesso. Tirei um tempo pra mim, sabe. Estava discutindo com meus botões internos sobre tudo que aconteceu no último mês. Não foi fácil mudar, jogar tudo pro alto e começar novamente. Sair de Nova York foi uma ruptura muito forte na minha vida, mas eu não tinha percebido isso.

Deixei pra trás uma família que me deixava infeliz, mas deixei também amigos maravilhosos, a cidade que eu mais amo na vida (NYC), a Nia (minha little girl) e uma pseudo paixão. Percebi todas as perdas quando cheguei aqui e aí o baque foi grande. Por isso me ausentei, nem sabia ao certo se tinha feito a escolha correta. Porém, após um mês aqui em Annapolis, eu posso dizer: SIMMMMMMMMMMMMM

Sim, não foi fácil, mas Deus sempre me ajuda. Ele coloca suas bençãos sobre mim aonde quer que eu vá. Hoje, já me sinto adaptada. Já sei ir sem GPS em muitos lugares, encontrei poucos, mas queridissimos amigos, me dou super bem com minha host family e estou aprendendo a lidar com a frieza das crianças, em excessão à Piper, que é um doce e já considero meu sol de cada manhã.

To me sentindo bem aqui. Ainda um pouco perdida. Não sei o que quero, o que fazer pra aproveitar melhor meu tempo, mas estou tentando. Muita coisa dentro de mim mudou com o rematch. Escolhas, gostos, caminhos, sentimentos.

E por falar em sentimentos, em Nova York eu tinha um amigo que estava sempre ali, o Chris, eu já jalei dele. A gente ficava às vezes, confesso, mas eu nunca me envolvi. Em quase quatro meses que passei junto com ele, eu nunca me dei conta do quanto a companhia dele me fazia bem e do quanto ele era importante. Bastou esta mudança pra ficha cair. Ferrou tudo, aquele amigo se tornou alguém mais que especial. E o pior, ou melhor, a ficha caiu pra ele também.

Hoje, estamos há quilômetros de distância e não conseguimos parar de nos falar. Todos os dias, uma hora no telefone e uma esperança de quando nos veremos novamente. Enfim, não dá pra fazer planos. Passou, já foi. Não vivi intensamente quando estava lá em NYC e, agora, chega cada vez mais perto a hora de voltar ao Brasil.

Voltar ao Brasil. Esse também tem sido um motivo para o meu silêncio e ausência. Estou para me decidir sobre quando voltar e, juro, não sei o que fazer. Sinto saudades da minha mãe e dos meus amigos, mas confesso que é só. Não consigo sentir saudades do meu País e isso é triste. Sinto saudades da minha profissão, carreira, sim, não nasci pra cuidar de criança. Mas sei o quanto é dificil encontrar uma oportunidade na minha área aqui nos EUA. Por isso, eu já sei que tenho que voltar, mas a vontade não está vindo.

O que mais me vem a cabeça é a segurança. No Brasil, eu andava com síndrome do pânico de andar sozinha na rua. Após ser assaltada por dois motoqueiros, eu comecei a ser refém do medo. E isso aqui não acontece em nenhum segundo do meu dia. Não temos portões, não trancamos portas, o carro fica aberto, a bolsa fica no banco do passageiro, falo no celular sem esconder o aparelho, ou seja, aqui eu me sinto segura.

São dúvidas intermináveis que se passam pela minha cabeça e eu não sei mesmo o que fazer. Ficar mais 3, 6 ou 9 meses é uma escolha que só cabe a mim. Mas, eu vou chegar à melhor conclusão, pois Deus vai me orientar, ele sempre me ajuda e eu não tenho dúvida que o melhor vai acontecer. Já aconteceu pra dizer a verdade. Dei muita sorte com a familia que estou morando, com a nova vida que estou levando.

Meu coração está um pouco confuso, mas isso já já passa (eu espero), mas de resto está tudo bem.

Então meus amigos, se vocês por algum momento se perguntaram, como vai a Bruna, eu posso dizer: ela vai bem, muito bem.

Bjos a todos vocês e estou morrendo de saudades!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O primeiro e o melhor Halloween!


Eu adoro festa à fantasia, sempre gostei. Mas não imaginava que o Halloween seria tão bom. Não apenas porque os EUA se contagia com a data e porque nas ruas, metrôs e esquinas você se deparava com bruxas, heróis, gladiadores, etc. O que tornou meu Halloween inesquecível foi o reencontro com meus amigos de NY e em especial com o único deles que é americano, o Chris.

Falarei sobre ele já já. Antes, quero dizer que amei o clima de NYC e principalmente da Pacha. Gente, foi a primeira vez que fui na Pacha de NY e me dei muito bem. Peguei o melhor dj ever. Jonathan Peters fez minha noite ser espetacular. A música dele (house, techo, trance) foi a melhor que já ouvi. Eu gostei tanto do som que fiquei na balada até 10 da manhã do domingo. Pois é, nem sei se tenho mais idade pra isso, mas é porque estava tudo tão bom, que eu não queria parar...e não parei mesmo. Parecia uma pipoca vestida de pirata pulando. Sim, esta foi minha fantasia: pirata punk. Não tenho do que reclamar, viu. Acho que poderia me dar bem ali, se eu não estivesse tão acompanhada..rs

E o Chris, onde entra nesta história? Bem, o Chris sempre foi meu amigo. Ele me ajudou muito em NY, sempre ficou do meu lado, fizemos muitas coisas juntos e quando eu mudei para Maryland eu senti muito a falta dele. Falta da companhia mesmo. Ele tentou diminuir a distância me ligando todos os dias e então quando nos reencontramos no sábado (30), a gente simplesmente se entregou. Calma, nada demais aconteceu. Quando digo entrega, eu quero dizer que a gente se jogou na balada e curtimos muito um ao outro, pois sabiamos que em poucas horas eu estaria de volta à Maryland.

O que pega é que o Chris sempre foi um "privilegious friend" como a gente costumava dizer. Saiamos, ficavamos, mas nunca pensamos em sentimento, pois nossa amizade sempre foi mais forte. Só que no sábado, quando nos vimos na Pacha até 10 am dançando, a gente se deu conta que esta amizade com alguns privilégios trouxe à tona um sentimento diferente. Não é paixão, não é amor, é apenas um bem querer enorme. Não quero falar muito sobre isso, porque aqui nem é o lugar. Mas quero apenas dizer que eu tive uma noite espetacular. Que o Chris, que continua e que continuará meu amigo, tornou minha noite maravilhosa.

Bom, mas meu Halloween não pode se resumir apenas a como meu coração bateu mais forte, ao contrário. Tenho que dizer que amei rever a Debora fofa, minha amiga brasuca maravilhosa. E que amei rever Simonita e a trupe latina.

Ir para NYC é sempre bom. O clima da Big Apple sempre me encanta e me deixa apaixonada. Agora, acho que só na virada do ano eu estarei lá. O bom é que até lá meu coração vai estar batendo normal novamente e o que hoje se tornou algo forte, vai estar apenas na minha mente como lembrança.

Bjos e muita saudade dos meus amigos brasucas. Há muito não os vejo por aqui e nem nas redes sociais...hunf. Muita saudade mesmo.
Bjos a todos!!!