segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A Bruna vai bem!


É, eu sei, ando meio sumida. Há um bom tempo não venho aqui falar do que anda acontecendo em minha louca e amada vida. Entrei em recesso, sim, recesso. Tirei um tempo pra mim, sabe. Estava discutindo com meus botões internos sobre tudo que aconteceu no último mês. Não foi fácil mudar, jogar tudo pro alto e começar novamente. Sair de Nova York foi uma ruptura muito forte na minha vida, mas eu não tinha percebido isso.

Deixei pra trás uma família que me deixava infeliz, mas deixei também amigos maravilhosos, a cidade que eu mais amo na vida (NYC), a Nia (minha little girl) e uma pseudo paixão. Percebi todas as perdas quando cheguei aqui e aí o baque foi grande. Por isso me ausentei, nem sabia ao certo se tinha feito a escolha correta. Porém, após um mês aqui em Annapolis, eu posso dizer: SIMMMMMMMMMMMMM

Sim, não foi fácil, mas Deus sempre me ajuda. Ele coloca suas bençãos sobre mim aonde quer que eu vá. Hoje, já me sinto adaptada. Já sei ir sem GPS em muitos lugares, encontrei poucos, mas queridissimos amigos, me dou super bem com minha host family e estou aprendendo a lidar com a frieza das crianças, em excessão à Piper, que é um doce e já considero meu sol de cada manhã.

To me sentindo bem aqui. Ainda um pouco perdida. Não sei o que quero, o que fazer pra aproveitar melhor meu tempo, mas estou tentando. Muita coisa dentro de mim mudou com o rematch. Escolhas, gostos, caminhos, sentimentos.

E por falar em sentimentos, em Nova York eu tinha um amigo que estava sempre ali, o Chris, eu já jalei dele. A gente ficava às vezes, confesso, mas eu nunca me envolvi. Em quase quatro meses que passei junto com ele, eu nunca me dei conta do quanto a companhia dele me fazia bem e do quanto ele era importante. Bastou esta mudança pra ficha cair. Ferrou tudo, aquele amigo se tornou alguém mais que especial. E o pior, ou melhor, a ficha caiu pra ele também.

Hoje, estamos há quilômetros de distância e não conseguimos parar de nos falar. Todos os dias, uma hora no telefone e uma esperança de quando nos veremos novamente. Enfim, não dá pra fazer planos. Passou, já foi. Não vivi intensamente quando estava lá em NYC e, agora, chega cada vez mais perto a hora de voltar ao Brasil.

Voltar ao Brasil. Esse também tem sido um motivo para o meu silêncio e ausência. Estou para me decidir sobre quando voltar e, juro, não sei o que fazer. Sinto saudades da minha mãe e dos meus amigos, mas confesso que é só. Não consigo sentir saudades do meu País e isso é triste. Sinto saudades da minha profissão, carreira, sim, não nasci pra cuidar de criança. Mas sei o quanto é dificil encontrar uma oportunidade na minha área aqui nos EUA. Por isso, eu já sei que tenho que voltar, mas a vontade não está vindo.

O que mais me vem a cabeça é a segurança. No Brasil, eu andava com síndrome do pânico de andar sozinha na rua. Após ser assaltada por dois motoqueiros, eu comecei a ser refém do medo. E isso aqui não acontece em nenhum segundo do meu dia. Não temos portões, não trancamos portas, o carro fica aberto, a bolsa fica no banco do passageiro, falo no celular sem esconder o aparelho, ou seja, aqui eu me sinto segura.

São dúvidas intermináveis que se passam pela minha cabeça e eu não sei mesmo o que fazer. Ficar mais 3, 6 ou 9 meses é uma escolha que só cabe a mim. Mas, eu vou chegar à melhor conclusão, pois Deus vai me orientar, ele sempre me ajuda e eu não tenho dúvida que o melhor vai acontecer. Já aconteceu pra dizer a verdade. Dei muita sorte com a familia que estou morando, com a nova vida que estou levando.

Meu coração está um pouco confuso, mas isso já já passa (eu espero), mas de resto está tudo bem.

Então meus amigos, se vocês por algum momento se perguntaram, como vai a Bruna, eu posso dizer: ela vai bem, muito bem.

Bjos a todos vocês e estou morrendo de saudades!

2 comentários:

  1. Que bom que ela vai bem, muito bem.
    A gente tava com saudades!
    Um beijo. :)

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  2. Muitas saudades!!! Ainda estou! Quero conversar com vcccccccc!!!

    bjs

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